segunda-feira, junho 29

(ha)Viavotos

Estou feliz. A habitual apatia de Verão vai desdobrar-se em considerações, e desconsiderações, políticas. O poleiro dourado vai a sufrágio no final de Setembro e o destino do nosso país continua uma incógnita. Parlamento escrutinado, seguem-se os municípios. No caminho até à deliberação do povo, continuam a alcatroar-se pavimentos, levantar-se viadutos a roçar habitações e a afunilar o trânsito. Nunca a política esteve tão associada ao meu sono. Por causa das pressas, e dos timings cirúrgicos das obras públicas, ando a acordar uma hora mais cedo para conseguir cumprir horários no lufa-lufa matinal. Um percurso de 10 minutos dilata-se, desde o início do ano, em uma hora (números redondos). Preparo-me para inscrever, nos quatro boletins, o dedo médio, vulgo pai-de-todos

sexta-feira, junho 26

Fotoflop

Foi mais ou menos assim que ficou registada a minha foto (sem óculos, que as normas obrigam)no novo cartão do cidadão (na próxima espero um pouco mais de tempo para me sarar o escaldão)

quarta-feira, junho 24

Desperado

Ganhou uma afeição estranha, e compulsiva, a anões e anoas. Temos de lhe coarctar disfarçadamente as manifestações de jubilo sempre que nos cruzamos com uma pessoa mais enfezada. Agora também adquiriu, com o beneplácito da avó, dois peixes artificiais que, quando banhados em água, adquirem uma textura gelatinosa que, e passo a citar, "parece ranho". Precisamente o mesmo muco que deve adornar as paletes de burriés que consome diariamente quando descontrai ao final do dia, a acompanhar o Cantal Panda. Estou a perder o controlo da miúda

segunda-feira, junho 22

Playstatic

Sou um milionário adiado. E não falo do Euromilhões. Sobejam-me potencialidades atléticas, mas a minha mecânica sofreu golpadas irreversíveis. Sou como um computador com o último grito de software, embora sustentado por um hardware preso por arames. Seria um futebolista de topo, não fossem as tendinites nos joelhos, agravadas pela brutalidade do step no ginásio do Atlético, supervisionado por um miudo que se conduzia de Lancia em tablier aveludado. Na prática do futebol, sofri também uma fissura no rádio direito, na sequência de uma maldosa sarrafada da ex-mulher do refugiado belga. O ténis também proporciona bons rendimentos. Sem exacerbada modéstia, tinha jeitinho. Mas o potencial promissor foi castrado por um smash mal medido, que me descolou o úmero da clavícula. Uma luxação crónica, que ainda hoje dá sinais em movimentos mais bruscos, impede-me de medir forças com Rafael Nadal ou acabar com as peneiras do chorão Roger Federer. Felizmente, mantenho polegares e indicadores de perfeita saúde, o que chega perfeitamente para sublimar na playstation

sexta-feira, junho 19

Colunável

A coluna vertebral é recurso fundamental para o quotidiano. Faltasse-nos coluna e o porte amolecia. Andaríamos cabisbaixos, sem vislumbre dos desafios que nos deparam. O caracter deriva de sermos vertebrados e hirtos. Mas, pronto... há casos raríssimos de gente de borracha que se modela a conveniências. Tenho dias que invejo a facilidade como contornam obstáculos para usufruto próprio. Sonho que um raio de ambição me fulmina a teimosia e me amacia a hirteza que me deforma a disposição. Tenho de arranjar uma cadeira ortopédica que já não posso com as costas... e tenho de deixar de me sentar sobre a perna

quarta-feira, junho 17

Oremos

Jesus deu à Costa
O Salvador, primeiro não gosta.
Mas depois arranjou Vieira,
perdão... maneira,
de vender Jesus
ao glorioso da Luz
Houce decência
Porque aos Domingos
haverá Paciência

segunda-feira, junho 15

Degredo

Pobre rapaz, que te refugias em merecido isolamento, que nem Paris fusca e desnudada te demove da introspecção a que te obrigas. O Mundo aguarda-te de volta, para se vergar a cada tua flatulência, inflaccionada pelos euros merengues. Já agora, adianta-me aí duas exalações para levantar a hipoteca da casa. Bem hajas, pobre rapaz

terça-feira, junho 9

Fá-lo ele

Contraria o pirilau com cinco dedos de conversa

segunda-feira, junho 8

Palco vital

Terminou a primeira etapa de um ano recheado de arruadas, bandeirinhas, porta-chaves e aventais. Desconheço o sinal que a candeia da vitória laranja alumiou. Nos discursos, todos os partidos ganham. Até Sócrates minorizou a derrota empurrando o teor dos resultados para uma Europa que o próprio luta por personalizar com o Tratado de Lisboa. Vou ter saudades do Direito de Antena do PPM, das palavras acanhadas da Marisa Matias (parabéns giraça!!) e o porte de rola do constitucionalista, com todas as potencialidades para ser uma figura grada do Parlamento Europeu, com o seu bandolim. Essa é que é essa e o resto são cantigas!!

sexta-feira, junho 5

Estou bimbo

O milagre da confecção, que transforma arroz carolino em basmati

terça-feira, junho 2

F#D@SSSS!!!

Quando foi a última vez que você apanhou um grande susto? Provavelmente na última vez que a sua Maria colocou os chanatos da criança a secar no forno