Este espaço, que em 2010 completará quatro anos de existência, entrará num período sabático. Um compromisso, teimosamente adiado, vai finalmente em frente, pelo que me exige outra (in)disponibilidade, sob o risco de esgotamento. Como não consigo desvincular-me em absoluto deste meu primeiro espaço, vou aparecendo sempre que me dar na gana, mas continuarei a espalhar a palavra das sardentas, uma ocupação que merece continuidade, em nome da beleza peculiar das sarapintadas. Se tiverem muitas-muitas-muitas saudades minhas, passem por lá. Até ver (e ler)
domingo, janeiro 10
domingo, dezembro 27
terça-feira, dezembro 15
Odaliscar
- Gaja número um: Já ressona enrolada no edredão. Voltei a esquecer-me das gotas. Lá vou eu levar com o escarcéu a noite toda (check!).
- Gaja numero dois: Ainda estrebucha umas lenga-lengas semi-agudas que vão paulatinamente amolecendo em sons mais graves, que indiciam o sono a chegar (check!).
- Gaja-mor: Aninhada. Também já não chateia (check!).
Finalmente está tudo aviado. Já posso ver a bola sem estorvos femininos
- Gaja numero dois: Ainda estrebucha umas lenga-lengas semi-agudas que vão paulatinamente amolecendo em sons mais graves, que indiciam o sono a chegar (check!).
- Gaja-mor: Aninhada. Também já não chateia (check!).
Finalmente está tudo aviado. Já posso ver a bola sem estorvos femininos
sábado, novembro 28
domingo, novembro 22
Regressar cedo e sem medo
Quando se ama tantas vezes, sofre-se outras tantas. Ou um pouco mais. Tanto quanto os glóbulos que pulsam na correnteza de vida. Só queremos que perdure na imortalidade da nossa validade. Há afectos que nos transcendem e minorizam outros mais acanhados. Por hoje, nem sequer o Benfica me rala. A Taça não me maça. Que a Marta volte depressa e sem pressas de crescer
terça-feira, novembro 10
Matriarcado
Medeio-me no conflito entre disponibilidade e criatividade. Ao contrário do que é uso teorizar, o amor tem-me castrado os impulsos. Tenho um novo amor, que me absorve e desbasta o palavreado. Amo mais e escrevo menos. Passarei por cá menos vezes. Pelo menos até me reabilitar deste sufoco oxigenado. Agravou-se a minha minoria no agregado. Agora são três para um. Ou três para mim.
terça-feira, outubro 27
domingo, outubro 25
quinta-feira, outubro 22
sábado, outubro 17
Voltar à casa da partida
Amigo blogue, escrevo-te hoje a caminho do final de uma etapa e de outra que a qualquer momento se pode descerrar. Os dias que galguei nos últimos anos construiram um edificio que já contempla telhado para os invernos rigorosos. Ainda preciso de o cuidar, mas já é um espaço autónomo, que agora se vai erguendo nas particularidades dos acabamentos. Amigo blogue, vou voltar ao principio. Voltar aos cuidados apurados e à dedicação extrema. Às estantes dos mercados que já não visitava. Vão voltar as fraldas, os choros compulsivos e os arrotos molhados. Estou a dias de voltar ao zero (e ainda nem sequer terá um ano quando Portugal desbaratar todos os adversários na caminhada gloriosa ao título mundial)
segunda-feira, outubro 12
Ganhamos todos
1. Nós fizemos mais remates para a bancada, ganhámos; 2. Nós lixámos três bandeirolas de canto, ganhámos nós; 3. Ganharam o tanas. Nós esventrámos 342 tufos de relva, logo, a vitória foi nossa: 4. Ganhámos nós. Nenhum outro conseguiu mergulhar no terreno com tanta destreza; 5. Alto e pára o baile. O troféu é nosso. Ninguém nos bateu na contabilidade dos chutos às malhas laterais. Não, não é zombaria aos adversários de Portugal na qualificação para o Mundial. É uma metáfora à última noite eleitoral. Grandiosa competição onde as derrotas são só para os emblemas dos distritais ou do MRPP para baixo.
segunda-feira, outubro 5
A cegonha e o bando dela
Na recta final desta contagem decrescente para o nascimento da minha segunda filha, o que mais me importuna não são os caprichos da Maria e as manifestações de incapacidades que insiste em simular. Calço-lhe as meias, encho-lhe o copo de água a três quartos e recolho-lhe as sobras de gelado dos cantos da boca. O que mais me aborrece é estar sempre e pedir passagem, porque já não cabemos os dois nas assoalhadas
segunda-feira, setembro 28
Pejo Geral de Acesso (de raiva)
Acompanhei as cerimónias fúnebres da Prova Geral de Acesso. Mereci a honra de acompanhar os três últimos suspiros do exame que aquilatava as potencialidades intelectuais da comunidade pré-universitária. Lembro-me que os dois primeiros exames avaliaram-me como um fraco mediano nos conhecimentos gerais. Eu, e a esmagadora maioria dos testados, tinham ficado pelo meio termo, pelo que, para alindar o panorama cinzento, foi aprovada a excepção de uma terceira oportunidade, ligeiramente mais acessível. Recordo-me que um dos tópicos do inquérito nacional desafiava-nos a identificar "pejo". Ficou até hoje. Estou pejado com o eleitorado
domingo, setembro 27
Chapa(da) 5... + 5 ou 6
(registo artístico de A Bola)
Estou desiludido com o Inferno da Luz. Estamos a transformar a Catedral num antro de cordiais torcedores. Estando a reproduzir mais um estético e demolidor bailado de futebol e a aplicar cinco golos sem resposta, como é possível solicitar ao onze encarnado "só mais um, só mais um!". Só mais um?!?!? Eu queria mais cinco ou seis
Estou desiludido com o Inferno da Luz. Estamos a transformar a Catedral num antro de cordiais torcedores. Estando a reproduzir mais um estético e demolidor bailado de futebol e a aplicar cinco golos sem resposta, como é possível solicitar ao onze encarnado "só mais um, só mais um!". Só mais um?!?!? Eu queria mais cinco ou seis
quinta-feira, setembro 17
segunda-feira, setembro 14
quinta-feira, setembro 10
Parvonia
Este blogue segue também um plano de contingência para a pandemia que se avizinha. Este blogue acompanha com euforia a ansiedade (ou sertá com ansiedade a euforia?) da comunicação social em avançar com a primeira morte em solo português. Este blogue respeita todos os trâmites de higiene necessários para condicionar a propagação do virus. Este blogue felicita os engenheiros de laboratório que andaram a brincar com as constipações dos suínos. Foi por eles que a população portuguesa adquiriu hábitos salubres como tomar um banho todos os dias ou lavar as mãos depois de urinar
quarta-feira, setembro 2
segunda-feira, agosto 31
Descascada
Circula por aí abalada indignação pela incapacidade de determinadas pessoas em descascar fruta. A referida limitação tem inspirado graneis de ferozes maledicências focadas numa menina semeada no mundo animado e amadurecida, nestes dias, em trágicos programas de vídeos amadores. As dificuldades de Carolina mereciam, isso sim, o nossa benemérita solidariedade. Sugiro angariação de fundos para um curso intensivo de desencaroçamento de cerejas, o maior handicap da ex-Disneynina. Em contrapartida, Carolina, o novo rosto airoso da campanha socialista, vai mostrando talentos na mesma área da descasca, denunciando o saudável amadurecimento de uma silhueta que há uns anos saltitava em estúdios repletos de cubos almofadados e esferas coloridas. Mudam-se os tempos, mantêm-se (algumas) inabilidades
segunda-feira, agosto 24
Raiders
Ando a negligenciar este espaço. Esgotaram-se-me as férias e já devia ter dado sinal de vida ao punhado de fiéis seguidores. Neste hiato de abstinência acumulei prezadas sensações. Uma sunset beach party com um rebanho de raparigas giríssimas, na qual descobri que a minha filha, de tenros cinco anos, me dá abadas em coreografias chill out, girando a anca e rodopiando os polegares com assustador sincronismo. Um sinal evidente que tenho de começar a apurar a guarda, pois já havia três ou quatro pré-escolares a garujar a miuda. Melgas!!
sábado, agosto 1
quarta-feira, julho 29
Chantagem leccional
Voltámos a ser confrontados com nova situação de assédio sexual a menores. Uma professora da língua materna chantageava um grupo de instruendas para usofruto de favores da satisfação da líbido. Em troca, a docente, condenada em tribunal aos calabouços se voltar a prevaricar, avaliava as alunas com notas inflaccionadas, Nos meus tempos de meninice, a apreciação escolar chegou a ser pedagogicamente instigada à força das reguadas ou de um par de estaladas. Recordo-me, no primeiro ciclo, do Inglês, cujos erros nos ditados eram rectificados à força das lambadas. Daí o meu domínio, quase perfeito, do idioma anglófono. Lamento que, em contrapartida, as minhas docentes de Hortofloricultura ou Relações Públicas não me tenham instigado ao conhecimento da matéria tal qual a professora agora condenada. Tinham arcaboiço para me doutorar nas respectivas matérias
segunda-feira, julho 27
Dámamama
quinta-feira, julho 23
segunda-feira, julho 20
quinta-feira, julho 16
terça-feira, julho 14
Pergunta para queijo
Se a sua filha adoecer no primeiro dia de férias e constatar, precisamente no mesmo dia, que um energúmeno lhe amolgou a porta do carro, precisamente na mesma altura que um solícitio vendedor de autómóveis lhe avalia a viatura, que servirá precisamente para abater no espatafúrdio preço do automóvel que deseja, precisamente porque a familia vai aumentar... isso será precisamente impulso de mau agoiro ou só uma sucessão imprecisa de infortúnios?
domingo, julho 12
quinta-feira, julho 9
Sanfonia
O paradigma sisudo, solene e impoluto dos parlamentares, os mesmos que cornearam o Pinho assembleia fora, sofreu uma radical mutação com a emergência de uma deputada socialista. Sónia Sanfona timbrou o relatório que desresponsabiliza o Banco de Portugal na frágil supervisão às negociatas do BPN. O perdão a Constâncio teve apenas o aval socialista, para cólera de toda a a oposição, que no encerramento da comissão parlamentar vingou-se na relatora, alvo das mais lascivas referências, vulgo piropos. Da direita à esquerda, Sanfona foi corrida a galanteios de sereia, aligeirando a fúria do cardume do pescado. Bonita a política
quarta-feira, julho 8
Fome da bola
Nada me move contra Cristiano Ronaldo. Julgo, sem escárnio velado, que é um jovem, ainda muito jovem, que tem jeito para o negócio. É indiscutivelmente um bom jogador e não sei quanto vale isso concretamente em euros. Os 94 milhões de inspiraram quilómetros de crónicas de repulsa e infinitas analogias à fome no Mundo e à crise que vai desempregando compulsivamente milhões. Uma vida não tem preço, mas quanto vale o talento? Já vi pagarem na Christie's uma nota por verdadeiras flatulências em estado líquido. Já vi também bancos rebentarem poupanças de terceiros em pokers especulativos de ganância desmesurada. Vale o Cristiano Ronaldo 94 milhões? Não sei. Mas impagável, mesmo impagável, foi a entrevista ao Nuno Luz (atenção, ao e não do) em pleno Santiago Bernabeu. Valeu pelo pincel dos directos de manhã à noite. E claro, pelo Deusébio, o primeiro ovacionado da noite
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