terça-feira, outubro 27

Capote

Cada jogo, nova cartada (assim baralham-me as contas todas)

domingo, outubro 25

Cegonha

(Furtado vergonhosamente ao Engenheiro Kunhas)

quinta-feira, outubro 22

Punhado de fartura

Três é a conta que Deus fez, mas Jesus é aos cinco de cada vez

sábado, outubro 17

Voltar à casa da partida

Amigo blogue, escrevo-te hoje a caminho do final de uma etapa e de outra que a qualquer momento se pode descerrar. Os dias que galguei nos últimos anos construiram um edificio que já contempla telhado para os invernos rigorosos. Ainda preciso de o cuidar, mas já é um espaço autónomo, que agora se vai erguendo nas particularidades dos acabamentos. Amigo blogue, vou voltar ao principio. Voltar aos cuidados apurados e à dedicação extrema. Às estantes dos mercados que já não visitava. Vão voltar as fraldas, os choros compulsivos e os arrotos molhados. Estou a dias de voltar ao zero (e ainda nem sequer terá um ano quando Portugal desbaratar todos os adversários na caminhada gloriosa ao título mundial)

segunda-feira, outubro 12

Ganhamos todos

1. Nós fizemos mais remates para a bancada, ganhámos; 2. Nós lixámos três bandeirolas de canto, ganhámos nós; 3. Ganharam o tanas. Nós esventrámos 342 tufos de relva, logo, a vitória foi nossa: 4. Ganhámos nós. Nenhum outro conseguiu mergulhar no terreno com tanta destreza; 5. Alto e pára o baile. O troféu é nosso. Ninguém nos bateu na contabilidade dos chutos às malhas laterais. Não, não é zombaria aos adversários de Portugal na qualificação para o Mundial. É uma metáfora à última noite eleitoral. Grandiosa competição onde as derrotas são só para os emblemas dos distritais ou do MRPP para baixo.

segunda-feira, outubro 5

A cegonha e o bando dela

Na recta final desta contagem decrescente para o nascimento da minha segunda filha, o que mais me importuna não são os caprichos da Maria e as manifestações de incapacidades que insiste em simular. Calço-lhe as meias, encho-lhe o copo de água a três quartos e recolho-lhe as sobras de gelado dos cantos da boca. O que mais me aborrece é estar sempre e pedir passagem, porque já não cabemos os dois nas assoalhadas