quinta-feira, dezembro 20
quarta-feira, dezembro 19
segunda-feira, dezembro 17
Raispartix!!
quinta-feira, dezembro 13
(com)Domínio das regras elementares
Alem da conservação do par de novos ascensores, da desinfestação da pedra mármore e da coscuvilhice à porta de um terço das moradoras, a administração do condomínio do prédio onde resido decidiu patrocinar uma sadia campanha de boa coabitação.Os inquilinos, nos quais me incluo, foram confrontados com a iniciativa em papel A5 afixado junto das caixas de correspondência. A participação pública, inscrita num arial em reduzido corpo 9, mas reforçado a bold, começa por introduzir algumas sugestões de boas maneiras, mas descamba num claro desafio aos residentes das proximidades. Sem especificar, aconselha a administração do imóvel para que todos cumpram "como pessoas civilizadas, as mais elementares regras de higiene". Da minha parte, têm a garantia que sempre que piso acidentalmente a poia despojada sobre o empedrado pelo perdigueiro do 5º B procuro sempre um tufo de erva antes de dar entrada no imaculado hall do edifício. Com esta conduta julgo cumprir um outro requisito referenciado no discreto placard. Ao esfregar a sola num pedaço de relva que ainda sobreviva ao rigor do Inverno estou a "evitar fazer da área do meu prédio a lixeira cá do sítio". No entanto, o que devíamos saudar como um sintético, mas pedagógico, manual de pequenas regras de salutar convivência inquina-se com um remate que denuncia um evidente duelo declarado às habitações vizinhas. Em jeito de pirraça, e em contexto competitivo, alerta a administração: "não queira ser apontado pelos vizinhos dos outros prédios". Um interessante enquadramento dos procedimentos pessoais nas expectativas dos que nos rodeiam. Por outras palavras, aconselham-me a ser urbano por consideração aos mesmos tipos que cagam o passeio por intermédio dos fiéis amigos, que f*#&ram o tejadilho do meu antigo carro e que me largam amiúde saquetas de arroz com farinha e açucar sobre a nova viatura. De resto, não descortino qualquer outro ressentimento para com os convivas das proximidades. Em oposição, ainda aguardo que engavetem o larápio que furtou o espelho de um dos novos elevadores, para os quais fui forçado a uma dorida contribuição de algumas centenas de euros. Distraem-se as mesquinhas quando espreitam as galinhas das vizinhas
terça-feira, dezembro 11
Mãe doente, filha diligente e um porco indecente
segunda-feira, dezembro 10
Cara que pousa
Clara de Sousa confessou à revista diurética Caras que, e passo a citar, "não me revejo na mulher mais sexy do país". Tenho para penim... para mim, queria eu dizer para mim, que a referida consideração será partilhada por uma ínfima minoria do género masculino. Arriscaria mesmo que não mais que um representante da vasta representação varonil. Acrescento que não tenho penim.... peninha, queria eu dizer peninha nenhuma delesexta-feira, dezembro 7
Pneumáticus
quarta-feira, dezembro 5
Apneia
Fitei-lhe os seios, desproporcionais à silhueta esguia, coberta de um negro ajustado às formas esculpidas por uma formosa génese. Pediu-me que avançasse e tomou-me, com jeito, o objecto. Pegou-lhe num afago e levou-o para a sua beira. Comecei a acalorar-me. Dava-lhe voltas para o alindar. Cobria-o com o empenho que podia. Passei a sufocar na pulsada impaciente que me rebentava no peito. Ela, diligente, revirava-me o objecto. Voltou atrás, para de novo começar. Importunava-me o zigezaguear e faltava-me o ar. Desacertava a dobra. Vincava, para voltar a desdobrar. Estava a ponto de me asfixiar. Voltou a segurar-lhe. Apoderou-se-lhe uma outra vez. Continuava a enrolar. E eu desfalecia, porque começava a ficar um cheiro que não se podia. Dez minutos volvidos, saí com um embrulho negro amarrotado e apertado com 20 voltas de fita vermelha, convicto que a volumetria peitoral não abona a ligeireza do aprumo. E não se pode com o calor, e fedor, nas perfumarias por estas alturas da quadra. Nota final: oferecem-se duas amostras de tratamento oligotermal ultra-hidratante, ou, por outras palavras, creme para metrossexuais
segunda-feira, dezembro 3
Doutrina do pastoreio
- Vassalo 1: Vide quem se aproxima- Vassalo 2: Sim, sim, é o nosso acanhado líder
- Vassalo 3: Atentem no semblante que carrega
- Vassalo 4: Por Deus, brota-lhe da aparência a fúria desmesurada
- Vassalo 5: Inquieta-se por motivo que desconhecemos
- Vassalo 6: Questionemo-lo com a necessária cautela
(pezinhos de lã, pezinhos de lã, pezinhos de lã)
- Vassalos: Acanhado líder, o que vos atormenta?
(ruborescendo de indignação, responde o acanhado líder)
- Acanhado líder: Sois vós, lacaios, que abusais da extrema ironia nos diálogos que permutam no imaculado feudo
- Vassalos: Acanhado líder, é esse o motivo de tão notório agastamento?
(inflamando a jugular e quasi estoirando em incontida cólera, esclarece o acanhado líder)
- Acanhado líder: Sim!! Conspurcais, dessa forma, o espaço que oriento, comprometendo-me aos olhos do supremos orientador
- Vassalos: Acanhado líder, e existe forma de redenção que recupere o asseio no poiso que nos assalaria?
- Acanhado líder: Só conjecturo uma, a onomatopeia no lugar da ironia
- Todos: Méééééé, méééééé, méééééééé
- Todos: Méééééé, méééééé, méééééééé
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