- Cice: Sabes? Sabes?
- Batatinha: Sei o quê?
- Cice: Sabes que o não sei quantos disse uma coisa à não sei quem?
- Batatinha: Ai foi? E disse o quê?
- Cice: Disse... disse uma coisa feia!
- Batatinha: Ai sim... o quê?
- Cice: Uma coisa mesmo muito feia
- Batatinha: Isso já percebi Cice... mas que coisa?
- Cice: ... (cinco segundos)
- Batatinha: O que é que ele disse?
- Cice: ... (sete segundos)
- Batatinha: Mas o que foi?? O que é que ele disse??
- Cice: Agora não me lembro...
quinta-feira, junho 26
terça-feira, junho 24
Camone baby!
Zezé Camarinha atolou-se no vazio deixado pela prematura eliminação de Portugal no Euro2008 para lançar hoje, no Maxime, o manual que irá reerguer as almas depenadas pela angústia de novo título perdido da nossa selecção. Num estilo assertivo e rectilíneo, Zezé aniquila as metáforas e dirige-se, sem delongas, à essência da sua causa. Na obra que este algarvio decidiu repartir com a opinião pudica, saberemos, depois de obstinada leitura, quais os dez mandamentos para ter, e passo a citar, "sussexo com as gajas". Num documento histórico, que formalizará o desfecho de quase 40 anos de canículo engate, Zezé solta, pela última vez, a embraiagem para nos sugerir as melhores técnicas para aplicar, por exemplo, "a beach massage, with cream number five, in a british darlingue". Não querendo desvendar muito mais da obra que saciará os famintos leitores da mais refinada sabedoria parasitientalista, exijo-me concluir com um novo aforismo que tritura o já bolorento adágio popular do tudo o que vem à rede é peixe: "antes de se terem lembrado que as mulheres podiam ir à tropa, comigo já elas marchavam todas", atesta o último macho man português, em golpe de anca copular. Tungas catrapumbas!!
segunda-feira, junho 23
À minha taça
Se fosse como aquela gente sensível que verte lágrimas à primeira contrariedade, precisaria, no dia de hoje, de uma boa dúzia de alguidares para recolher a angústia do fim de um ciclo. Acabaram-se duas gloriosas, e extremamente calóricas, semanas de estupidificação. Há muito tempo que não me lembrava de tanto muito de nada fazer. Amei incondicionalmente a minha filha, bradei contra a repugnante gulodice da Maria, que aviou descampados de ranhosas caracoletas, injuriei o fura-redes Ricardo Labreca e, que me lembre, ainda tive tempo, nos intervalos do sofá, bola e tremoços, de me amantizar a uma loura transpirada. Enrolei-me na sua matéria trigueira, sorvi-lhe o néctar embaciado e degostei-lhe, vezes sem conta, o licor gélido da sua essência. Findaram-se (estas) férias e eu, homenzinho, brindo a isso e à Erdinger, a única loura capaz de rivalizar com a raisparta-a-Maria-que-por-muito-que-enfarde-não-engorda-uma-grama
quinta-feira, junho 19
Fomos (de vela, no Europeu)!!
Anexo a 23 de Junho: Face aos desastrosos resultados da minha tentativa de piada subtil, obrigo-me a legendar o estado de alma do passado 19 de Junho. Caminhávamos para as 22:00, eu caminhava, inconsolável, para o portátil e 23 estróinos, mais um gaúcho, caminhavam de regresso a casa. Perdemos com três golos de uns espadaúdos alemães (daí as três girafas) e por (muita) culpa de um labreca meia-leca (daí o galináceo)
segunda-feira, junho 16
Foleiro, pá!
José, sei que ainda estás a recompor-te do transtorno irlandês, mas deixa que te manifeste a minha inabalável solidariedade. Sei que o sim irlandês era fundamental para a tua carreira política, mas saiu-te um resultado mais acre que a cevada tostada de uma Guinness. Confia no que te digo, José, se isso te pode consolar: tenho para mim que está tudo tratado (desculpa lá o trocadilho). A França, que assumirá a presidência da desUnião Europeia no mês que vem, vai desenrascar uma solução. O Sarkozy junta a malta toda em... deixa cá ver, Perpignan, pode ser Perpignan, terra de bom vinho e produção corticeira. Fazem umas patuscadas, reformulam o acordo com umas exclusões aos irlandeses e pronto... uns meses volvidos, e a bem da coesão europeia, já ninguem se lembra do Tratado de Lisboa
terça-feira, junho 10
Os raçudos arraçados e os macacos da miúda
Contrariando a opinião de Cavaco Silva, mantenho muitas dúvidas se o Dia de Portugal celebra o dia da raça. Julgo que o conceito está diluído em Portugal. Somos um país com raça, mas sem raça definida (não sei se me fiz entender). Vejamos o exemplo dado pela nossa fulgurosa selecção. Na equipa orientada por um gaúcho, contam-se um natural do Zaire e dois nascidos no Brasil (mais um guarda-redes tão bom, mas tão bom, que, com a graça de Deus, não teve o azar de ser oriundo do Perú, para não agoirar). Não é por esta disparidade de nacionalidades que deixamos de ser competitivos. Em minha casa brota outro exemplo fiel ao melting pot do nosso país e também não é por isso que não deixa de reinar a harmonia. Convivo diariamente com uma tipical irish, que desdenha, do alto do seu olho azul, das minhas linhas paquistanesas, e uma raça de miúda que passa o dia a esgravatar o nariz (é que já não se pode com tanto presente colado aos indicadores)!!!
segunda-feira, junho 9
Complexo de superlatividade
Final do dia. A claridade arrasta-se pelas horas tardias, já a antecipar o calendário de Verão. Uma suave canícula modera-me o enfado de aguardar pelo sinal verde. E espero, com a civilidade que se exije. Portugal joga nos ecrâns dos domicilios ou nas áreas urbanas de convivas, bem regados para o efeito. Na rua, contam-se pelos dedos os alheados do fenómeno de portugalidade. O semáforo dá-me a licença para seguir e retomo a marcha.Umas pneuzadas à frente, um trio de mulheres hesita em atravessar a rua. Abrando cordialmente a marcha diante o pára-arranca das indecisas transeuntes. Passam finalmente para o outro lado. Sigo. Já do passeio, o agradecimento: Obrigado... gostoso! Elas lá sabem (pronto, as três juntas não faziam uma Vanessa Fernandes, mas isso é informação irrelevante... o conteúdo prevalece sobre a forma)
quinta-feira, junho 5
Flutelências
Caros órgãos de comunicação social: nos últimos meses, vossas excelências têm aterrorizado - e muito bem - o consumidor com as sucessivas barreiras psicológicas vencidas com escalada do preço do petróleo. Com o mesmo respeito a vossas excelências, lembro-vos que, há cerca de duas semanas, berraram em manchetes e aberturas de telejornais que o crude estava prestes a dobrar os 140 dólares. Graças ao terror que foram semeando, acagaçaram - e com toda a naturalidade - as gasolineiras. Resultado: em quatro meses, cerca de 20 correcções - para cima - ao preço por litro. Ora, estranhei não ter novas vossas sobre o tema nestes últimos dias e, por iniciativa própria, fui indagar o que se passava. No fecho dos mercados de quarta-feira, o barril de crude era tansacionado na Europa a - números redondos - 126 dólares. Recorrendo à regra de três simples, o petróleo desvalorizou dez por cento, ou seja, 14 dólares, pouco mais que 9 euros. Consciente dos perigos de voltar a acicatar a voracidade dos especuladores - que devem andar a mamar flutes de champanhe em resorts de luxo à custa das recentes oscilações de mercado - deixo a pergunta às depauperadas gasolineiras: mas quando é que baixam a porra da gasolina???
...
Adenda (pelas 22:00): Retiro tudo o que disse... Peço desculpa. Um gajo precipita-se e depois apanha com uma grande bofetada de luva branca. Afinal, graças a uma atençãozinha da Galp, o gasóleo passará a custar, a partir da meia-noite, menos meio cêntimo. É pouco, mal se vê, mas sempre são três bagos de arroz
quarta-feira, junho 4
terça-feira, junho 3
Folhear Hoje Maio
Tara, minha querida Tara. Guardarei a estima que mereces, mas esgotou-se-nos o tempo. Galgámos uma etapa da vida, num ano que se esvazia em cadência desgovernada e alucinante. Envelhecemos juntos este mês que passou, diluído numa vida acelerada. Esgotámo-nos. Esconstámos à berma na caminhada de Maio. As nossas dualidades prazenteiras calcinaram no carburante de uma vida que não pára. Fica, por isso, ciente que se acabou. Tal como já disse à Catarina Gouveia (Janeiro), Ana Ferreira (Fevereiro), Carmen Electra (Março) e Mariana Monteiro (Abril), é tempo de virar a página e enfrentar o Junho que já corre, com a Sara Kostov.
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