quarta-feira, fevereiro 18
Eu show nikles (batatóides)
Não sei se por falta de espaço nas grelhas, engalanadas de novelas à portuguesa no prime time, ou por défice de inspiração, Portugal não tem direito a um Daily Show. Quer dizer, lá nos vamos entretendo aos domingos com Marcelo e a contra-ofensiva, às segundas, de Vitorino. Tem alguma graça este bloco central. As esparrelas de um e a bonacheirice micro-machines de outro. Mas Jon Stewart é muito diferente. É um Mário Crespo (o paralelismo mais absurdo que me ocorre) sem taradices broncas por efemérides aquando de noticiar o céu nebulado. O Jon tem chalaça polida e pronta a ripostar aos convidados de todas as facções. É um satírico cirúrgico que lanceta os cirros de um multi-estado monstro e obeso, mas de bolsos vazios. Em oito anos de bushismo, Jon Stewart fez o lugar dos democratas e encabeçou a única oposição que se visse ao fazendeiro texano. Por cá, temos a Manela, que só surpreende por ainda não se ter estatelado à grande no abismo de lugares-comuns que a cerca. O Louçã anda entretido com a multiplicação dos coelhos. O Jerónimo muito ocupado com os collants que há-de oferecer ao Robin Sócrates para o corso carnavalesco. Finalmente o Paulo, que continua a dar para os dois lados, a ver se lhe reabrem as portas do poder (isto já deve ser a neura de vésperas-do-aniversário)
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2 comentários:
juro q te imagino por detrás dessa grande produção...
Se a Sic Radical tem oprograma de Aleixo, pq não propores: Fogachadas, o show Diário!
Não temos cá, primeiro pq ninguém está realmente interessado (as mamitas no equador são mt mais interessantes) e depois pq não há cá ninguém com a competência do Jon Stewart. A critica politica por cá ou dá sono ou é palhaçada.
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