sábado, maio 31
sexta-feira, maio 30
Shock in Rio
quinta-feira, maio 29
Disputa cicuta
Luís Filipe Menezes não apoia ninguém. Manuela Ferreira Leite diz que é séria. Pedro Passos Coelho mede o pulso à política. Pedro Santana Lopes sacia o vício. Menezes até gosta de Passos Coelho. Santana Lopes pede isenção. Patinha Antão clama por mais atenção. Menezes não apoia ninguém mas não gosta de Ferreira Leite, que continua a dizer que é séria. Passos Coelho baixava os impostos. Ferreira Leite diz que nem pensar. Já Santana Lopes diz que Passos Coelho não sabe do que fala. Patinha Antão clama por mais atenção. Menezes diz que Passos Coelho é credível. Santana Lopes duvida. Passos Coelho prefere não ter experiência governativa do que ter má experiência governativa. Santana Lopes diz que Passos Coelho é sampaísta. Ferreira Leite teima que é séria. Menezes queixa-se do cinzentismo de Ferreira Leite. Santana Lopes quer acabar com a bagunça. Passos Coelho diz que Santana e Ferreira Leite são mais do mesmo. Patinha Antão clama por mais atenção. Ribau Esteves (?!?) diz que o PSD se transformou num cemitério de líderes e (não sei se por isso) apoia Santana Lopes. A oposição oposiciona-se com tiros no pé e carboniza em labaredas de aceso... lume. Sócrates agradece, mas já não fuma (até ver...)
quarta-feira, maio 28
Sick Mulher... e filha
A mãe gostava tanto da filha que não lhe podia ouvir birras. A mãe gostava tanto-tanto dela que ganhou pânico às lamúrias caprichosas. Comprou-lhe um carro desportivo, mas não tinha espaço, dizia a filha, que preferia um SUV. Comprou-lhe um cão por quase 1.000 dólares, mas tinha pulgas, queixou-se a filha. Vestiu-a com roupas de conceituados estilistas, que, veio depois a saber-se, tinham sido roubadas. A mãe era desempregada e a filha nunca deu conta, embriagada pela compulsão de ter-e-ponto-final. Mas o grande segredo estava reservado para o directo: a mãe prostituia-se para custear o apetite voraz de uma adolescente de 17 anos. A filha achou nojento! O Dr. Phil disse-lhe das boas, à grande magana. Aos finais da tarde, na SIC Mulher
terça-feira, maio 27
segunda-feira, maio 26
O chorão Jordão (e ainda outras lágrimas)
Nestes dias de ócio, refugiei-me numa bolorenta publicação de há 12 anos. Saiu em fascículos coleccionáveis e versava sobre as 100 figuras (na altura) do nosso futebol, numa escrita quase desusada. Há pouco mais de uma década, seduzia-se o leitor com parábolas que invertiam o sujeito com o complemento, desterrando-se o verbo em lugar incerto. Começava-se pelo fim, sem localizar a acção. Assim se pensava adensar mistérios em coisa nenhuma. Resultado: uma publicação de rendilhados arcaicos. Ou, como se escrevia há 12 anos, de arcaicos rendilhados se constituia aquela publicação. Também há 12 anos, confundia-se comoção com, por exemplo, acne. Pedro Yazalde, pai de um goleador que passou pelo Sporting, informou o filho que tinha de largar os estudos para colaborar no sustento da família, isto "com as lágrimas borbulhando-lhe pelas faces". Na mesma publicação, o dramático luto de António Oliveira, que, num jogo europeu, materializou com três golos a raiva pela morte do pai. A notícia fora dada pelo presidente do Sporting na altura, João Rocha, "com as lágrimas borbulhando na face". À falta de melhor imagem para o autor da publicação, toda a gente, naquela altura, borbulhava quando emocionada. Nem toda. Rui Jordão, antigo avançado de Benfica e Sporting, produziu, por sua vez, uma amálgama pastosa quando constatou que não servia para o atletismo. No último sprint de uma corrida em Bengela, o menino Jordão rasgou uma coxa. Ainda dolorido, prostrou-se no chão, segundo o narrador, "chorando, com a cinza da pista amalgamando-se nas lágrimas, que se confundiam com as bagas de suor" (se chacota daí vier, só um insensível - você - pode ser)
quinta-feira, maio 22
quarta-feira, maio 21
Galpada
Peço-vos que me acompanhem o raciocínio e que não temam observar alguma incorrecção da minha parte. Tenho para mim que os lucros resultam do diferencial entre proveitos e gastos. Para ficar mais claro: lucro é ganhar mais do que se gasta. Ou seja, premeia a engenharia, e sabedoria, da gestão financeira. Respeitando a mesma lógica, a GALP tem 109 milhões de motivos (leia-se euros) para formalizar os dividendos do primeiro trimestre de 2008. Em contrapartida, lamenta não ter margem para baixar os valores dos combustíveis, já que, depois de investido o modesto pé de meia em certificados de aforro, sobrarão umas centenas de euros para custear os serviços de limpezas e catering. A culpa do sufoco financeiro da GALP é dos impostos, que sorvem quase 60 por cento dos valores transaccionados. A ganância fiscal do Estado está a comprometer seriamente a sobrevivência das definhadas empresas de combustíveis. Sugiro que, no lugar dos histéricos apelos a boicotes, todos contribuam com parcelas das poupanças pessoais na próxima vez que se deslocarem a uma estação de serviço. Vamos, em corrente solidária, reabilitar estas empresas filantropas, que nos carregam os depósitos com manifestos sacrifícios. E quando não houver gásoil, empurra-se. Vide o autocarro da selecção...
terça-feira, maio 20
Fortuna de outrora
Consegui finalmente confirmar a efeméride há poucos dias: 18 de Março de 1981. A data nada dirá a muitos, mas, no que me respeita, entranha-se-me no íntimo da formação clubista. Lembrava-me da bancada de granito frio do primeiro anel. Da almofada, improvisada em recheio de jornal, que o meu pai trouxe de casa. A mesma que tinha dado conforto ao rabo da minha mãe num concerto do Chico Buarque no Coliseu dos Recreios. No que a memória ainda me permitia na actualidade, tinha a certeza absoluta que, nessa noite, jogou o Laranjeira, o cromo mais repetido da minha colecção de caderneta. Recordava-me também que o adversário vestia de laranja e que fui enxovalhado no dia seguinte por um vizinho. Fiz-lhe pirraça e contei-lhe que tinha ido pela primeira vez ao Estádio da Luz. “Só foi pena termos empatado”, disse-lhe, resignado. “Empatado?? Mas o Benfica ganhou 1-0!! Ou és um grande mentiroso ou estiveste a dormir”, respondeu-me, em dobro de troça. No meu primeiro jogo na Catedral, o Benfica ganhara a uns alemães do Fortuna de Dusseldorf com um golo do Chalana a três minutos do fim. Na ocasião, já eu tinha abalado do estádio com o meu pai a garantir que “isto já não vai dar nada”. Hoje, vou sabendo que o Benfica não ganha. Há mais de 27 anos, o Benfica até ganhava e eu não sabia
quinta-feira, maio 15
Cheque mato
Sobre os estampados nas indumentárias da mãe...
- Cice: Este é o Capo Socas
- Eu: Nãã... Sapo Cocas. Co-cas!
- Cice: Este é o Tremalha
- Eu: Metralha... Me-tra-lha!!
- Cice: Esta é a Maga Patalógica
- Mãe: Boaaa! E consegues dizer otorrinolaringologista?
- Cice: É irmão da Maga?...
Para desafios imbecis, soluções evasivas!
quarta-feira, maio 14
Adónis!
Consulta da medicina do trabalho. À entrada, nem bom dia nem boa tarde. Avia-me logo com um Ponha-se em cima da balança! Estou tramado, pensei eu. Não me peso há seis meses e continuo a enfardar pastéis, salgadinhos e cerveja de trigo. Vou rebentar com esta m#*da, voltei eu a pensar. Texugo chungoso, avaliei eu de mim próprio, indagando por solução que me safasse de valente reprimenda, tipo: Você é um beduíno! Já sei, rejubilei eu. Minto-lhe. Tiro uns dez quilos aos 90 e tais que a agulheta vai suportar. Assim foi. Meti-me em cima do zingarelho e... abençoado 13 de Maio e santificada Nossa Senhora de Fátima!!!... Aquilo afinal debitou uns módicos 85 quilinhos.Isto depois de almoçado e com a roupa no corpanzil atlético, que faz toda a diferença. À saída, nem bom dia nem boa tarde. Despacha-me com um moderado Vá, na próxima vez quero vê-lo com menos cinco quilos! Uma semana a folhas de alface e fico outra vez no ponto!
terça-feira, maio 13
segunda-feira, maio 12
quarta-feira, maio 7
Infelizmente, cheira!
Cara Yelena Tregubova, deixa-me que te dirija estas palavras na intimidade, mesmo que simulada, da segunda pessoa do singular. Sei que acompanhaste de longe, no desconforto de um asilo forçado na nebulosa Londres, à tomada de posse de Dmitri Medvedev como novo presidente da federação russa. Compreendo o sofrimento de quem teme pela vida só por ter delatado, em algumas publicações, matérias classificadas dos corredores do Kremlin. Agora, só me faz alguma espécie porque elegeste um refúgio tão cinzento e chuvoso. Não podias escolher uma coisa mais solarenga? Não gostas de Portugal? Somos um país que acolhe cientístas, professores universitários e médicos de Leste para cimentar condomínios privados. Anda, vá, que há espaço de sobra para uma formosa jornalista. Eu, por exemplo, tenho uma assoalhada que posso dispensar para teu repouso e pertences. Só peço que não te inquietes com o aroma pútrido que emana, amiúde, da toilette. Sossega, cara Yelena, que ninguem foi enveneado com tálio radioactivo, como o teu infortunado compatriota Alexander Litvninenko. Houve, isso sim, uma determinada pessoa que enfardou uma alheira frita num tasco das Janelas Verdes e anda há uma semana a desfazer-se em matéria liquefeita e insuportavelmente fétida
segunda-feira, maio 5
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