quarta-feira, maio 7
Infelizmente, cheira!
Cara Yelena Tregubova, deixa-me que te dirija estas palavras na intimidade, mesmo que simulada, da segunda pessoa do singular. Sei que acompanhaste de longe, no desconforto de um asilo forçado na nebulosa Londres, à tomada de posse de Dmitri Medvedev como novo presidente da federação russa. Compreendo o sofrimento de quem teme pela vida só por ter delatado, em algumas publicações, matérias classificadas dos corredores do Kremlin. Agora, só me faz alguma espécie porque elegeste um refúgio tão cinzento e chuvoso. Não podias escolher uma coisa mais solarenga? Não gostas de Portugal? Somos um país que acolhe cientístas, professores universitários e médicos de Leste para cimentar condomínios privados. Anda, vá, que há espaço de sobra para uma formosa jornalista. Eu, por exemplo, tenho uma assoalhada que posso dispensar para teu repouso e pertences. Só peço que não te inquietes com o aroma pútrido que emana, amiúde, da toilette. Sossega, cara Yelena, que ninguem foi enveneado com tálio radioactivo, como o teu infortunado compatriota Alexander Litvninenko. Houve, isso sim, uma determinada pessoa que enfardou uma alheira frita num tasco das Janelas Verdes e anda há uma semana a desfazer-se em matéria liquefeita e insuportavelmente fétida
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3 comentários:
se eu pudesse comer sabonetes... mas a dieta não deixa!!
Podia-nos ter poupado à informação sobre a "matéria".
flower, coca-cola :)
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