Peço-vos que me acompanhem o raciocínio e que não temam observar alguma incorrecção da minha parte. Tenho para mim que os lucros resultam do diferencial entre proveitos e gastos. Para ficar mais claro: lucro é ganhar mais do que se gasta. Ou seja, premeia a engenharia, e sabedoria, da gestão financeira. Respeitando a mesma lógica, a GALP tem 109 milhões de motivos (leia-se euros) para formalizar os dividendos do primeiro trimestre de 2008. Em contrapartida, lamenta não ter margem para baixar os valores dos combustíveis, já que, depois de investido o modesto pé de meia em certificados de aforro, sobrarão umas centenas de euros para custear os serviços de limpezas e catering. A culpa do sufoco financeiro da GALP é dos impostos, que sorvem quase 60 por cento dos valores transaccionados. A ganância fiscal do Estado está a comprometer seriamente a sobrevivência das definhadas empresas de combustíveis. Sugiro que, no lugar dos histéricos apelos a boicotes, todos contribuam com parcelas das poupanças pessoais na próxima vez que se deslocarem a uma estação de serviço. Vamos, em corrente solidária, reabilitar estas empresas filantropas, que nos carregam os depósitos com manifestos sacrifícios. E quando não houver gásoil, empurra-se. Vide o autocarro da selecção...
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1 comentário:
Eu sugiro melhor: que se convertam as Sociedades Anónimas em instituições religiosas (por exemplo, a Gasosa Universal do Reino de Deus) e que seja obrigatório o dízimo. Ámen!
O empobrecimento galopante das gasolineiras parte-me o coração. :'(
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