segunda-feira, abril 13

O Sr. Piçarra

Há facções da psicologia clínica defensoras que as nossas memórias começam a alojar-se no consciente a partir dos 3/4 anos. O meu trajecto empírico desdiz essa vertente, que nos aborda praticamente como cães pavlovianos nos primeiros anos de vida. Uma das provas irrefutáveis de que a minha memória começou a edificar-se muito mais cedo que o período defendido por essa facção redutora da psicologia é Luís Piçarra, um dos maiores vultos da música ligeira portuguesa. Era ele, a voz da melodia mais entoada no nosso território logo a seguir à A Portuguesa, que, nos finais dos anos 70, me conduzia, na sua carrinha castanha GS, até ao infantário de sua propriedade. Foi este SENHOR que me guiou nas precoces etapas da minha formação como homem e benfiquista. É este SENHOR que ainda hoje me arrepia quando a sua melodia ecoa pelas bancadas de gargantas sedentas de gloriosas vitórias. Há legados que não são de (ou para) todos. Um dos meus tem papoilas... faltam as de os tempos de hoje acertarem com a baliza

1 comentário:

Joana Ferrao disse...

ahahahahah Bem Haja!



as coisas q tu te lembras, fonix!



(L)