Where's Fogacholly? And Mariolly?

Começa hoje a semana de cão. Espero que, pelo menos, a Maria se divirta longe de mim (duvido!)

Valium café?

Tem um simbolismo imponente, uma omnipresença planetária. É religião de culto. É passado de glória que nos acicata a esperança numa cadeia galopante de vitórias vindouras. Lá em casa gosta-se naturalmente do vermelho, do encanádo, como me corrige amiúde o rebento. É devoção de família, de sangue. Só falta entoar um èsse elé bêê antes das refeições, mas isso seria roçar fundamentalismos, num lar onde o apreço clubista é de trato familiar. Para o efeito, chega cantarmos em uníssuno sempre que a majestosa águia de bronze se nos atravessa o campo visual nas passagens pela Luz. Como naquela noite, no regresso da pediatra, com a Cice ruborizada de febre e a revirar os olhos de exaustão. Atravessávamos o estádio quando, no meio da rouquidão de uma garganta inflamada, a pequena teve ainda forças para cantar o hino do Glorioso. Ou como naqueles dias, quando a criança aponta com desalento para o cantinho vazio do Colombo onde, no Natal, a Vitória pousava a troco de uma fotos a 10 euros (não fosse para a causa, seria valor puxadinho). Ou como naquela noite em que, já na hora do sono, me levou a águia da prateleira para a cama. Oscilo na dúvida se a ave de rapina lhe dá conforto ou adormecimento, em memória das exibições sonolentas da turma do Fanã. Ainda tenho esperança que domingo receba uma valente dose de cafeína

Minuto horal

O desafio é ler com o accent adequado e não ter ideias desadequadas

Bosta de azar!

Imagens terríveis de uma lobotomia ao Professor Herrero, o tal das patuscadas às sextas-feiras 13

Omo desprevenido...

09:00

- Onde vais?
- Pôr esta máquina de roupa
11:00
- Onde vais?
- Vou despachar este molho de camisolas brancas
14:00
- O que é que estás à procura?
- De camisas escuras para encher o tambor
17:00
- E agora?
- Vou só fazer mais uma máquina de cuecas e meias
20:30
- Não vais acabar de jantar?
- Achas que já é tarde para os lençóis?
...
Começo a ficar desconfiado de tanta centrifugação

Agora escolha

Por cá, uma edil é capa de revista depois de se expôr nas obscenidades tentaculares do corporativismo autárquico. Aqui ao lado, uma edil é capa de revista depois de se expôr. São muito mais lacónicas nuestras hermanas

(Fátima Felgueiras, de Felgueiras vs Maria Dolores Gimenez, de Lepe)

Man(t)ara

Mulheres ao léu, que te levam ao céu. Mulheres depravadas, descascadas, insaciadas... de saias arejadas. Mulheres nuas... muito cruas. Mulheres... como tu queres. Mulheres malucas... nada caducas. Mulheres tolas, mas boas. Mulheres de inesgotáveis prazeres. Tantas e tantas mulheres. Mulheres ao quilo, esboçadas por Milo. Mulheres com uma grande tara, tal como desenha o Manara.

Feliz aniversário, meu grande otário!

Engracei com isto...

Santânico matrimónio

- Salmão... tenho uma comichão

- Padma, agora não, que estou em reflexão

- Salmão, fofinho, só um carinho

- Padma, não estás a ver que estou a escrever?

- Salmão, dá-me atenção

- Padma, que coisa careta, roubares-me a caneta

- Este rapaz não me satisfaz

- Esta mulher é só o que quer

- Não tens testículos para reeditar os Versículos

- Pronto, ganhaste... vamos lá ao desbaste!

(Padma Lakshimi, a mais-que-tudo de um ex-condenado à morte)

Pandianeiro

- Miúdo estagiário: Malta...
- Malta: Siiim...
- Miúdo estagiário: Gosto do Pandiani!
- Malta: Siiim...
- Miúdo estagiário: Fiquei vidrado naqueles olhos
- Malta: ...
- Miúdo estagiário: Tem uns olhos bonitos, pronto!
- Malta: Ai sim?
- Miúdo estagiário: Eh pá, não é nada do que estão a pensar
- Malta: Pois sim...
- Miúdo estagiário: Não, não. Eu sou muito macho, mas sei apreciar homens, porra!!
- Malta: Ai é?
- Miúdo estagiário: Gosto de mulheres... mas também posso gostar dos olhos do Pandiani
- Malta: Pois podes
- Miúdo estagiário: Para que são estas moedas?
- Malta: Para ires comprar uma Men's Health

As listas de Mendes

Ao longo de 66 edições, a revista de sábado do Diário de Notícias vem disciplinando a vista dos leitores a uma inesgotável panóplia de carinhas larocas. Esta semana, a publicação arriscou uma pequena guinada ao habitual género feminino, mas manteve-se fiel ao culto da estética. Ofereceu-nos um Marques Mendes na pujança dos seus 30's, pousando a queixada sobre um indicador flectido. Retenho o fito semi-cerrado, resguardado por dois pés de copo para conhaque, que exala líbido por entre a armação tartaruga das próteses óculares. A forragem craniana, de capim brutalmente negro e cerrado, confirma-nos o vigor de um parlamentar que foi subindo paulatinamente na hierarquia. M&M, ou smartie laranja para os mais íntimos, teme porém, a globalizada digitalização da informação e o fim anunciado das listas telefónicas

Googulodices

Olha a joaninha

muito coradinha

não chora nunca

é mesmo um amor!

Ao passar a ponte

a ponte tremeu

peixinho dourado

jacaré comeu, comeu!

...

Eis como se passa uma tarde a conciliar a empenhada coreografia da criança com uma desgastante, mas frutífera, busca de imagens de joaninhas, única e exclusivamente para satisfazer os caprichos da miúda. Pena é que o motor do Google não tenha um filtro para estes resultados!

Nafonemsaci

Informaram-me que a sociedade moderna adoptou um novo conceito relacional que dizimará os guias de Platão e Tantras. Depois de os rituais reprodutores terem resvalado num orgíaco despudor, parece que há gente com ensejos de reequacionar os anárquicos cerimoniais da cópula. Esse método inovador, denominado nafonemsaci, consiste basicamente na subtracção da descarga até a ínfima parte do nada. Por outras palavras, e passo a citar, ir adiando o prazer carnal para não perder a piada. Ou seja, para não inquinar a fantasia, que um punhado de energúmenos chama utopia (como se isso existisse), vai-se melando o relacionamento com sorrisinhos e rubores. Numa etapa já mais avançada, e só depois de petrificado o tecido muscular labial (em forma convexa), o processo é consumado em cafezinhos aqui e acolá, numa espiral orgasmática que nutre o palato e conserva o ego a temperatura tépida. Mantenho, porem, uma ligeria desconfiança sobre a originalidade dos conceitos, muito semelhantes aos daquela colectividade, já com um número significativo de associados, dos Não F#%& Nem Sai de Cima

Engenhocaguices

Especula uma recente campanha de angariação de novos licenciados que o professor, vulgo treinador de futebol, Carlos Queiroz estaria no presente a aparar a relva de Old Trafford, vulgo estádio do Manchester United, se não tivesse cursado no ISEF. Acho a mensagem redutora e pessimista, vulgo choramingas. Eu não terminei o curso e não considero que, por esse motivo, o meu ofício tenha equivalências a um técnico de parqueamento, vulgo manobrador de viaturas. Temos mesmo por cá exemplos promissores e que não desonram. Com engenho, chega-se a ministro, vulgo primeiro

Prisão de mente

A primeira, magana, apareceu-me de mansinho e só me lhe atasquei vigorosamente a meio do caminho. Aguentei-me moderado umas semanas, mas como teimava a reclamar a minha atenção, despachei-a em cinco penadas. Depois, com a segunda, a coisa começou enrolada, aos solavancos. Era mais fogosa e pouco dada a meios-termos. Já em ponto de rebuçado, aviei-lhe 12 de seguida e rapei o pratinho todo. Soube-me a pouco e agora só penso na terceira. Olá, chamo-me fogacho e também sou viciado

Manual dérmico

Dicas para tocar numa mulher nua sem precisar simular homossexualidade:

- Curse medicina

- Especialize-se em cirurgia reconstrutiva

- Monte uma clínica

- Coloque um chapéu com sapos coloridos

- Faça ar de bobo

Preenchidos os requisitos, avance sem medos e apalpe à indiscrição

Adeus, ou vêm agora?

Afinal, em que é que ficamos?

Mulher obstipada, fêmea imaculada

Há uns anos atrás, uma determinada rapariga atiçava a cobiça de um grupo alargado de funcionários. Apesar dos gastos de uma maternidade precoce, mantinha desenvoltura física nivelada à categoria de gostosa maçaroca, tal a multiplicidade de cochichos libidinosos sobre o património da referida. O jogo de peito e as fintas de anca constituíam potencialidades que instigavam o fértil cultivo de saliva entre as papilas dos grosseiros indefectíveis. No entanto, certo dia, o mito ruiu. Para espanto do já significativo agrupamento de partidários, a musa aliviava-se. Foi denunciada numa peculiar investida aos balneários. A meio caminho, súbita volta para trás, já de joelhos fundidos, para a recolha de leitura. Lá foi ela, arrastando os seios roliços e as coxas carnudas, de jornal - o extinto A Capital, se bem me lembro - dobrado na axila. Primeiro, o sepulcro esmagador do silêncio. Minutos volvidos, uma dilacerante angústia com o som da descarga, que desfez as dúvidas. Urinar ainda se aceitava... agora largar o pão que a boca mastigou? Lá dizia o outro, para explicar quão fácil era larga-las na sucessão infinita de relacionamentos efémeros: Imagino-as a cagar

Pressa de Madalena

Ai moço, leva-me ao céu
abençoado seja esse volume
que queima entre nós, o grosso lanho

E se é essa a tua vontade
vou-me à guerra só com o véu
Oh furacão que crescias, rebentai hoje
despojai-nos dos nossos pertences
num festim para nós degostarmos o fruto proibido
Não vos intimideis, meu machão

Agachai-nos... coiso e tal, tá bem?

Um moliceiro porreiro

Parabéns grande tarado

que já tens mais idade

imagina-te aí ao lado

com a robusta da contabilidade

...

É uma tipa um bocado sisuda

com ar altivo e ordinário

mas tem portes de mamalhuda

para gáudio do teu aniversário

...

Quando mais novo, eras felino com cio

Roçavas-te alarve nas fronhas das camas

Mais velho e com menos corropio

Ainda te perdes por um par de mamas

...

Melena longa de espanador

Tranca roliça de perder a mão

Calma, que ainda te dá uma dor

Ou uma enrolada congestão

Bailarico hertziano

Cá está o resultado da liquidação total de uma loja de inutilidades. No entanto, será a melhor forma de compensar o trágico despedimento compulsivo de Gabriel Alves da RTP. Agora tenho o Music Man, que mexe a boquinha aos ritmos hertzianos do transistor. Augurava-lhe muitos e muitos golos ensurdecedores do Benfica. Até que a glote lhe inflamasse. Mas só deu para um. De resto, aquela exibição de rolo compressor sobre uns dragões sem chama só deu para uns aaahhhs... quaseeeee... mais um defesa impossível de Heltooooonn... e parece que até esteve lá dentrooooo... lá vai Simão Sabrosa cobrar o 376º pontapé de canto para o Benfica. Enfim... um arraial de porrada, mas os gajos ainda sairam de lá a respirar