Estranharão vocês a obscura associação entre as três personagens acima reproduzidas em formato digital. Humberto Coelho, o homem comandado por 22 bravos guerreiros no Europeu de futebol de 2000, Vítor Espadinha, o Joe Dassin português, e António Tavares-Telles, o mais isento dos cronistas azuis-e-brancos, foram comparsas numa rubrica do saudoso Roda o Palco. Nas tardes de Verão de finais de 80, Espadinha dava cartas. Dizem que fora responsável pela irradiação compulsiva do bigodudo Luís Pereira da Sousa da televisão estatal e agarrou a cunha com um recreativo programa de variedades, rodado - literalmente - num cenário rotativo, que ia aviando convidados. Em semanas alternadas, Coelho e Tavares-Telles, que encobriam a identidade com o traje fúnebre de Salieri, avaliavam aleatoriamente espaços de restauração, atestando-os entre o Prato de Ouro e a Colher de Pau. A sentença dos comensais era proferida na presença dos proprietários do espaço em apreciação, proporcionando momentos de desmesurada tensão entre a larga fatia de telespectadores. Certo dia, o patrão de um estabelecimento, alvo de considerações pouco abonatórias, recebeu com manifesta azia a malfadada colher, para, de seguida, tentar aviar umas traulitadas no exigente crítico de comes e bebes. O palco rodou e nunca se soube se o Tavares-Telles se safou
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1 comentário:
e tu lembras-te disso? grandA carola!
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