quarta-feira, janeiro 2
O fel cruel de Daniel
Daniel Sampaio decidiu verborrear sobre uma das classes mais expostas e, por consequência, desfavorecidas, as dos chefes. O irmão do patrono dos tuberculosos troça dos superiores hierárquicos e debita uma série de inverdades. Pior que as considerações caluniosas, são as generalidades em que o psiquiatra se refugia, tentando, sem sucesso, camuflar o claro objectivo da sua crónica de 23 de Dezembro, na Pública: escarnecer dos superiores. Entre a sucessão de patacoadas na referida dissertação, destaco alguns excertos que atentam declaradamente ao bom nome e brio de quem nos conduz. Escreve o Daniel que os chefes (cá está, generalizando, como quem assobia descomprometidamente enquanto acciona um dispositivo de pólvora) "aguardam a reverência de todos". Para promoverem a alegada veneração "rodeiam-se de gente submissa que, para os servir, decretou para si mesma o silêncio e o elogio fácil ao chefe". Não satisfeito, insiste que os obedientes "podem ser sobrecarregados com trabalho e críticas ferozes que jamais abrirão a boca contra quem manda". Neste cruel, e cobarde, escárnio à liderança, esbatido, insisto, em conceitos diluídos na terceira pessoa, Daniel continua a esgravatar no garbo das chefias: "quando não são servidos como desejam, ou quando alguém ousa uma crítica, respondem com agressividade, como se estivessem a ser atacados". Permita-me emenda-lo, Daniel: os chefes não replicam com ferocidade, apenas rectificam com firmeza. Para o final da crónica, a mais bárbara das zombarias: "podem mandar, mas não serão amados, apenas tolerados, mais tarde ou mais cedo cairão do pedestal que construíram para si próprios". Meu estimado Daniel, cruel subordinado, sempre ouvi que "as ordens não se contestam, cumprem-se!!". Desafio-o, caro Daniel, a desmontar agora o indestrutível imperativo
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2 comentários:
Sou uma péssima submissa. Eu acho que devia ser chefe ;)
Desculpa lá, não era do teu chefe que o Daniel Sampaio estava a falar, era dos nossos, assim mais pra cima..
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