Uma campanha feroz do Público tenta infamar o nosso primeiro-ministro. O diário começou por falar de projectos camarários de outrens subscritos por José Sócrates, aquando do seu ofício de engenheiro técnico na Covilhã. Sem se deter, o mesmo jornal avançou, 24 horas depois, com outra denúncia. Sócrates ter-se-ia empenhado em outras actividades quando era subsidiado para exercer, em exclusividade, o cargo de deputado. Por outras palavras, Sócrates usufruia indevidamente de um acréscimo ao vencimento parlamentar, que o obrigava a dedicação absoluta ao desígnio sufragado pela vontade popular. Tenho para mim que,dentro de ano e meio, o povo condenará com vemência esta teimosa tendência do Público em escarnecer de Sócrates. A serem verdadeiras as denúncias, o líder do Executivo limitou-se a materializar duas características tão peculiares dos portugueses: ajudar os próximos, assinando projectos de amigos, e ajudar-se a si próprio, quando arranjou uns biscates, o que não merece reprimenda, que a vida está má para todos
...
Se observarmos com atenção o portfólio que o Público reuniu sobre os referidos projectos na Covilhã, chegaremos facilmente a duas conclusões: se os mesmos não foram idealizados por Sócrates, isso só abona a favor do primeiro-ministro. Por outro lado, face ao que nos é mostrado, os outrens não têm mesmo jeitinho nenhum. Em abono da verdade, eu consigo fazer coisas bem mais engraçadas em moldes de plasticina
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Até já tenho pena do nosso 1º Ministro. cada tiro, cada melro. :/
Finalmente alguém que toca na questão essencial! Então se ele jura que os projectos são dele, pior ainda! Casas por cima de currais de vacas? Anexos de betão em terreno agrícola? `Vivendas´ à imigrante?! Eu, perante estas notícias, até preferia que o engenheiro Sócrates tivesse dito que tinha lá botado a assinatura no papel para fazer o favor a amigos. Isso é perdoável. O que não é perdoável é aquela falta de bom gosto.
Uma coisa eu sei, a minha casa no campo não vai ser desenhada por engenheiros daquele calibre não senhor.
Enviar um comentário