Imaginem que vos tocam de surpresa à porta. Pelo óculo espreitamos para uma carinha laroca, olhos azul-esmeralda e, creme de la creme, pintas nos ombros de perder a conta. Abrimos e atrás da estampa loura emerge à traição um punhado de estivadores. Irrompem casa dentro e escavacam-nos a cozinha à picareta. Amaciam depois os procedimentos revestindo o espaço a tijoleira, azulejos e móveis branco pérola. É mais ou menos isto que trata um concurso que passa insistentemente na SIC Mulher, sob as rédeas da Sofia, a quem já só falta retocar benemeritamente a oficina do Zé Caruncho, o mesmo que lhe facilita uns descontos na afinação da sófage. Tudo isto chegou ao meu conhecimento na sequência de algumas manobras traiçoeiras da Maria. Entre disfarçados bocejos, simula um descomprometido zapping e estaciona neste manual de bricolage de instintos predadores efeminados.
Vale pelos fatos justinhos e cavados da Sofia, pois cada programa apresenta um delay de, aproximadamente, dois verões atrás. Mas a rapariga parece um bolo de arroz desaçucarado, daquela argamassa que se cola ao céu da boca e só desembucha com copinhos de leite
2 comentários:
Andas a fazer um tour pelas sardas :)
apraz-me cada vez mais ver a cultura do meu amigo!
e como ela cresce, senhores!
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