Ao fundo, um senhor alto, com uma imponência física que minguava na imensidão da sala vazia. Esperava pelos convidados, já com indisfarçável impaciência. Mas o salão ornamentado com motivos policromáticos continuava vazio, aglutinando os permanentes suspiros do senhor alto. Entretanto, abocanhava canapés. Já nem era apetite, era tique nervoso. Mastigava tanto quanto transpirava. O senhor alto olhou outra vez para o relógio. Os ponteiros rodopiavam, mas ninguem aparecia. Mais canapés e mais lamentos em surdina. Um festim tão solene e ainda ninguém para o engalanar. Mas acabou-se a angústia. Primeiro chegou a Vanny, irrequieta. Logo a seguir, o Nelsinho, ainda cheio de areia no rabo. Pediram muita desculpa pelo atraso, mas tinham passado primeiro pela Luz para vestir a camisola a preceito. O senhor alto inspirou fundo e abraçou os convivas. Portugal aplaudiu e também se cobriu de verde e vermelho
(Ensaio sobre o desafio lançado por Nuno Fernandes, presidente da Comissão de Atletas, a Laurentino Dias para promover uma festa de campeões logo a seguir aos Jogos Olímpicos de Pequim. São poucos, muito bons e da melhor escola!!)
Adenda: afinal chegou mais um, mas este não foi à festa do senhor alto e deixou-se ficar pela Catedral (não sei é por mais quanto tempo)
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