sexta-feira, maio 26

Cuco páá... cuco

Não sou, nunca fui, nem serei filiado em clubes de fãs. Acho que é coisa de histéricos. O nosso processo cognitivo move-se por associações e imagens. Neste caso particular, o meu vai logo buscar miúdas a arrancar postas de cabelo, em gritos estridentes e a salivar pelos cantos da boca. Depois há sempre uma mais gordinha e recatada que tenta conquistar a estima das demais, engendrando estes esquemas manhosos dos clubes de fãs. Por isso, sempre fui contra versões teen fundamentalistas. Fiel a esse princípio, nunca me associaria a um clube de fãs do RAP. Além da argumentação exposta, arriscaria ainda suspeitas de desarranjo sexual: um homem filiado numa agremiação que venera outro homem. Portanto, não formalizo, mas aqui em casa ninguem fala(va) mal do RAP. O mais hilariante cínico dos humoristas não merecia a desfeita do sangue do meu sangue. A caganita desdenhou do rapaz. A miuda ridicularizou o gajo que me estrafega a bexiga e apura os musculos abdominais. A minha pequena caiu no descrédito e enegreceu a expectativa de bom gosto vindouro. Cuco páá, cuco. Sentenciou a engraçadinha aquando de um sketch televisivo do génio. Se ainda restassem dúvidas, pelo palavreado mal amanhado, o indicador em riste a cutucar a testa foi a punhalada letal no amor de pai. Mas pronto, amanhã passamos pelo Estádio da Luz, ela grita histericamente Ba-qui-ca Ba-qui-ca Ba-qui-ca e fazemos as pazes.

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