Agora estou com esta na cabeça e ninguem me tira da ideia. Vou juntar-me às fileiras dos tatuados. Aqui por coisas da vida, apetece-me e pronto. Já com ela fisgada, dirigi-me a um balcão da especialidade. Como é uma coisa mesmo à séria, printei o que queria e fui embicadinho ao estabelecimento mais cotado na praça. Fica ali para o Bairro Alto e tem um decor muito à frente. Uma orgia cromática que deixa logo um gajo zonzo. Resisti àquele primeiro impacto e avancei. A casa tinha praticamente acabado de abrir, mas já estava um corropio medonho. Estive ali uns bons cinco minutos sem ninguem me ligar puto. A patroa estava ao telefone. Cabelo rosa choque. Totós à colegial. Uns 90 kg de chicha, mais uns bons 15 de platina. Berrava que nem uma doida. Tinha chegado de uma convenção em Nova Iorque e não tinha pomadas. Livra. A mulher estava prestes a escangalhar o telefone e prometer uma espera à pobre fornecedora. À terceira solicitação, lá me atendeu uma cópia da robusta proprietária. Com menos 20 anos, mas já com um pandeiro para lá do metro quadrado. Dá-lhe assim um ar exótico. Ainda por cima, com uma fresta sexy a separar os incisivos centrais. Solícita o quanto baste, lá me deu o orçamento, enquanto a matriarca continuava a ameaçar de porrada a fornecedora das pomadas. A brincadeira fica por 200 euros. 50 de entrada e, pelo menos, uma semana na lista de espera. Ainda vou ponderar, mas só se amarrarem primeiro a doida dos totós.
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1 comentário:
Tinha que ser. Primeiro o lápis e o papel, o canito e Tobias, as tiras. As tintas, as telas, as cores que dançam. E ainda a escrita, palavras que jogam bonitas :o). E nunca chega. E porque nunca chega, pra quem nasceu assim, cheio de coisas para dizer e contar … agora o corpo. Vai lá, tatua, vai contar!
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