Estive quatro dias fora de casa. Tive um quarto amplo e alcatifado, um jacuzzi catita e o adultério à distância de uma abelha. Mas atentai que não era um insecto qualquer. Era uma abelha mestra, felpuda, com bico de pássaro e abdómen nutrido. Bem apessoada e de porte atlético singular, a abelha saltitava compulsivamente, à semelhança do martelo pneumático da chancela Sangalo. Tinha pulmão que debitava quilolitros cúbicos de oxigénio. Mas, melhor ainda, tinha coração e sentimentos. Depois de mais uma desgastante coreografia, a abelha abeirou-se de mim, piscou-me o olho de esguelha e ofereceu-me dois rebuçados de morango e um toffee de nata. Foi o gesto de indiferença mais deferente de toda a minha existência. Não é todos os dias que uma Maia, com um cisco no olho, nos vem adoçar a boca
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4 comentários:
apicultor!
eláaaaaaa
q foste fazer 4 dias para uma colmeia??
conta, conta...
pois, pois, a maia estava era à espera da ferroada, isso é que era!
Essa abelha Maia tem tanto para contar aos netos... ou não!
Um beijo
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