terça-feira, fevereiro 6

Mãe, pai, avó, tio e borbulhas da afilhada

Partilho hoje convosco um dos mitos urbanos que circulou, por meados de 90, neste estabelecimento. A célebre história da menina do roupão azul. Aconselho a leitura durante a pausa para o café, que isto é extenso. Então cá vai. Era uma vez uma menina, uma menina muito simpática. Namorava um cabo do exército e tinha um grande apreço pelos laços familiares. Numa das primeiras vezes que colocou à prova os ensinamentos universitários num estágio não remunerado, a menina conheceu um menino maroto. Certo dia, um grupo de marotos e marotas desafiou a menina simpática para uma saída nocturna. A menina simpática ficou muito contente e nervosa. Alindou-se como para uma romaria domingueira à paróquia da freguesia e ala para a discoteca. Como tinha o hábito de se levantar com as galinhas, a menina simpática dançou só um pedacinho e foi descansar as pernas junto do menino maroto, que já aviava o quinto vodka. Conversaram até lhes dar um ratinho no estômago. Foram então a um tasco afagar a barriga com um caldo verde e uma bucha com chouriço. A menina simpática aproveitou para partilhar com o menino maroto dois álbuns de fotografias que guardava religiosamente na valise. O menino teve então oportunidade de conhecer a mãe, o pai, a avó materna recentemente enviuvada, o tio que recuperava de uma dupla fractura do perónio e a afilhada que padecia há uns meses de uma borbulhagem estranha, cujo diagnóstico aguardava por novas análises. O menino começou a ficar com muito soninho. Preparava-se para lhe indicar a praça de táxis mais próxima quando a menina lhe pede um favor. Como a casa do menino era mesmo ali ao lado e já passavam das 5:00 da madrugada, a menina solicitou-lhe uma incursão à sua banheira antes de rumar directamente para o gracioso estágio. Entre uns bocejos para camuflar uns quasi mudos ai a p#&a da minha vida, o menino acede. Em casa, a menina pergunta-lhe onde se poderia despir. O menino - que acabara de conhecer a mãe, o pai, a avó materna recentemente enviuvada, o tio que recuperava de uma dupla fractura do perónio e a afilhada que padecia de uma borbulhagem estranha, cujo diagnóstico aguardava por novas análises - indicou-lhe o quarto, junto com o roupão de turco azul. Dois minutos volvidos, a menina simpática saiu do quarto e dirigiu-se ao WC, enquanto o menino acompanhava com férrea atenção o programa das insónias da Rosa Bela. Não passaram outros cinco minutos quando a menina simpática saiu do balneário, ainda com a melena a gotejar sobre o pavimento do menino. Simpaticamente, aliás como fora sempre o seu timbre, a menina pede mais um favor: uns jeans que fizessem a vez da saia canelada, para que ficasse mais ajustada à informalidade do espaço do estágio. O menino - que acabara de conhecer a mãe, o pai, a avó materna recentemente enviuvada, o tio que recuperava de uma dupla fractura do perónio e a afilhada que padecia de uma borbulhagem estranha, cujo diagnóstico aguardava por novas análises, voltou a vociferar em surdina qualquer coisa como aiii, só a mim f#dass& e lá desenrascou umas calças. Mais uns três minutos, a menina voltou à sala com a camisa folhada da festa e a nadar numas calças com um gancho até aos joelhos. O menino elogiou o stylish vanguard, indicou-lhe a porta de saída, desejando-lhe hipocritamente um magnífico dia de labuta com todos os outros meninos e meninas. Deitou-se, mas, trinta minutos depois de enroladas insónias com a mãe, o pai, a avó materna recentemente enviuvada, o tio que recuperava de uma dupla fractura do perónio e a afilhada que padecia de uma borbulhagem estranha, cujo diagnóstico aguardava por novas análises, desistiu do sono e foi-se inundar em cafeína. Mal sabia o menino que a épica aventura no seu próprio domicilio havia-se espalhado, de forma pandémica, pelos viciados corredores de maldizentes. Deu-lhe muito mais trabalho desmistificar o preconceito da alegada homosexualidade que recuperar as calças emprestadas, devolvidas dois dias depois, engomadas e dobradas em saco opaco. A menina cansara-se, entretanto, de trabalhar de borla e investiu na hospedagem na Expo'98. Pôde finalmente comprar umas calças. Quanto ao menino, desconfia-se, ainda hoje, de dois ou três palermas, mas todas as buscas na procura da sua verdadeira identidade resultaram infrutíferas

13 comentários:

Anónimo disse...

tou confusa...

Vivian disse...

Desmistificar um boato de homosexualidade dá mais trabalho que construir a torre vasco da gama :/

Carla disse...

idem confusa

Unknown disse...

porra... mas agora tá tudo louro??? o larilas teve uma gaja a tomar-lhe o banho em casa e não lhe saltou para a espinha??? é preciso fazer o croqui???

Carla disse...

opá, TU N ME FALES ASSIM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

MAU MAU MAU, TEMOS QQR COISA NAS COUVES Q N ME LEMBRO!

moral da história: o gajo ficou com pena (??!!?!) right??

Unknown disse...

oh ducas, tu nunca mais oxigenes a cabeleira

Carla disse...

opa tu n abuses so pq tou fraquinha!

Anónimo disse...

porra que fiquei cansada!
TL

Anónimo disse...

Realmente é uma história edificante para contar aos netos. O gajo andava a ver se filava a gaja, viu que era doida e desistiu. Ficou martirizado a pensar se não seria gay. Eu cá desconfio que percebeu que se avançasse hoje andaria a mudar a algália do tio fracturado do perónio!!! uf...

Ricardo G. fmshark disse...

fdx só agora entendi tambem!! como o gajo não a comeu ficou com fama de paneleiro, fdx tava dificil e não sou loiro caralho

Carla disse...

sunny, obrigada pelo resumo!

q mania de complicar as coisas, BOLAS!

Anónimo disse...

Tá mesmo tudo loiro, está!...Ou com os copos... A leitura não deve ter sido durante a pausa de café, como recomendado, mas na pausa do B52... Prá próxima com croqui, fogacho.

Anónimo disse...

clap clap clap....