terça-feira, julho 4
Mama mia, tua e de todos
Acabei de esgotar os meus índices de indiferença. Assisti àquele grande bocejo entre a Alemanha e a Itália, com mais uma vitória letal dos cínicos. Andaram para ali a empatar durante 119 minutos e quando o árbitro se preparava para assoprar no apito, dois golos de enfiada. Foi bem feito para os alemães, que já se estavam a fazer às penalidades. É que os boches nunca perderam no desempate dos castigos máximos. Quinaram-se e, para agravar o azedume, foram derrotados pela primeira vez em Dortmund. Agora vem a pior parte para Portugal. Há seis anos, os transalpinos também ganharam à Holanda, na Holanda, nas meias-finais do Euro. No dia seguinte, a França mandou os portugueses para casa, na célebre mão do alto e louro Abel Xavier. Ora, isto são coisas do passado e toda a gene sabe que a história não se repete. Mas, nunca fiando, vamos lá fazer um cordão humano com figas. É que desta vez, não me cheira que baste a Nossa Senhora do Caravaggio
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