quarta-feira, julho 12

Mojito-me todo

Fiz juras de amizade eterna. Dancei a valsa. Ponderei seriamente (se é que naquele estado se podem tomar decisões reflectidas) numa banhoca no Tejo. Perdi a cabeça, a dignidade e o respeito dos mais próximos. Tudo por causa desta droga. Uma mistela cubana de rum, lima e hortelã. Raramente, mas muito raramente, apanhei pielas daquela amplitude dramática. A esta distância, e pelas consequências nefastas ao intelecto, já não me recorda o número de copos que ingeri alarvemente, mas parece-me que andei perto da dezena. Como consta no dialecto da malta das capelinhas, apanhei uma potentíssima cardina. Mais velho e ajuizado, não me meto agora nessas corridas, mas ainda hoje não posso cheirar hortelã. Aliás, não consigo conceber como há rapazolas capazes de improvisar um swing ao som da batida latina, a feder a rum e a diagnosticar: mais um, só mais um, e arrebito

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