Vivi intensamente a pré-história dos videojogos. Era um ai Jesus para carregar aquela brincadeira, mas um alívio brutal quando os tracinhos azuis e amarelos começavam a correr desenfreadamente pelo ecran. Era um agarradinho. Deliciei-me com o Ping Pong, o Rick Dangerous e, creme de la creme, o Space Raiders. Passava horas a disparar aos marcianos. Transpirava de tanto dedilhar. Deitava-me com os clicks a batucar no cérebro. Acordava a pensar naquilo. Nem comia para voltar a correr a cassete. Um certo dia, foi tudo para o galheiro. A tecla do caps lock cedeu finalmente à tensão competitiva e o Spectrum ardeu. Seguiu-se o penoso período de privação. Só me lembro de ter chorado tanto quando o Veloso falhou o penalty que ofereceu de bandeja a Taça dos Campeões Europeus a uns holandeses
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Esta malta nova...
Devias era de ter passado por isto a 5 paus o jogo no salão ao lado do liceu. Lá se ia o dinheirito do almoço e chegava-se às aulas em cima do segundo toque.
Ainda por cima o Space Invaders era a preto e branco, só comecei a sonhar a cores quando apareceu o Galaxians. Ou então foi quando vi a máquina de flippers da Playboy, não me lembro bem. ;)
Enviar um comentário