quinta-feira, dezembro 20
quarta-feira, dezembro 19
segunda-feira, dezembro 17
Raispartix!!
quinta-feira, dezembro 13
(com)Domínio das regras elementares
Alem da conservação do par de novos ascensores, da desinfestação da pedra mármore e da coscuvilhice à porta de um terço das moradoras, a administração do condomínio do prédio onde resido decidiu patrocinar uma sadia campanha de boa coabitação.
Os inquilinos, nos quais me incluo, foram confrontados com a iniciativa em papel A5 afixado junto das caixas de correspondência. A participação pública, inscrita num arial em reduzido corpo 9, mas reforçado a bold, começa por introduzir algumas sugestões de boas maneiras, mas descamba num claro desafio aos residentes das proximidades. Sem especificar, aconselha a administração do imóvel para que todos cumpram "como pessoas civilizadas, as mais elementares regras de higiene". Da minha parte, têm a garantia que sempre que piso acidentalmente a poia despojada sobre o empedrado pelo perdigueiro do 5º B procuro sempre um tufo de erva antes de dar entrada no imaculado hall do edifício. Com esta conduta julgo cumprir um outro requisito referenciado no discreto placard. Ao esfregar a sola num pedaço de relva que ainda sobreviva ao rigor do Inverno estou a "evitar fazer da área do meu prédio a lixeira cá do sítio". No entanto, o que devíamos saudar como um sintético, mas pedagógico, manual de pequenas regras de salutar convivência inquina-se com um remate que denuncia um evidente duelo declarado às habitações vizinhas. Em jeito de pirraça, e em contexto competitivo, alerta a administração: "não queira ser apontado pelos vizinhos dos outros prédios". Um interessante enquadramento dos procedimentos pessoais nas expectativas dos que nos rodeiam. Por outras palavras, aconselham-me a ser urbano por consideração aos mesmos tipos que cagam o passeio por intermédio dos fiéis amigos, que f*#&ram o tejadilho do meu antigo carro e que me largam amiúde saquetas de arroz com farinha e açucar sobre a nova viatura. De resto, não descortino qualquer outro ressentimento para com os convivas das proximidades. Em oposição, ainda aguardo que engavetem o larápio que furtou o espelho de um dos novos elevadores, para os quais fui forçado a uma dorida contribuição de algumas centenas de euros. Distraem-se as mesquinhas quando espreitam as galinhas das vizinhas
terça-feira, dezembro 11
Mãe doente, filha diligente e um porco indecente
O porco encaminhava-se para o refúgio do lar, onde repousava a mulher doente. No banco de trás, carregava o rebento perfilhado pelo referido suíno e a mulher acamada pelo surto gripal. O valente mamífero artiodáctilo aparcava o veículo aquando do reclamo radiofónico que publicitava a oferta de um compêndio de anedotas junto à edição de Dezembro de uma revista para entretenimento masculino. Lembrou-se o suídeo, que não tem outro nome, de quão pomposa estava a bancada da papelaria que visitara dias antes, exibindo, na alindada prateleira, a estampa de Natal da também já referida publicação. Com a mulher em agonia e a transpirar bactérias pelos poros, o quadrúpede de nariz de tomada desabafou "a Karina Bacchi é um belo naco". Esqueceu-se o fedorento animal que no banco traseiro acomodava-se uma criança em ansiedades para chegar ao leito da progenitora debilitada. Mereceu, o pestilento, a firmeza da pronta resposta: "Nãããoo!!! A mãe não gosta!!". Limpinho. Embrulha e vai-te assoar... grande porcalhão!!
segunda-feira, dezembro 10
Cara que pousa
Clara de Sousa confessou à revista diurética Caras que, e passo a citar, "não me revejo na mulher mais sexy do país". Tenho para penim... para mim, queria eu dizer para mim, que a referida consideração será partilhada por uma ínfima minoria do género masculino. Arriscaria mesmo que não mais que um representante da vasta representação varonil. Acrescento que não tenho penim.... peninha, queria eu dizer peninha nenhuma dele
sexta-feira, dezembro 7
Pneumáticus
Se o meu caro amigo for lesto a encomendar, terá ainda oportunidade de adquirir, a preço quase simbólico, o calendário para 2008 das Gurias. Por um valor estimado em 25 reais, uns 9,5 euros na moeda de referência, poderá deleitar-se com um conjunto de cinquentenárias gaúchas desnudadas, que se despojaram das vestes para as objectivas por exclusiva causa benemérita. Sugiro que se apresse, caro amigo, sob o risco de se esgotar a restrita edição e ter, em alternativa, de remediar-se com o Calendário Pirelli para minorar os estragos da frustração
quarta-feira, dezembro 5
Apneia
Fitei-lhe os seios, desproporcionais à silhueta esguia, coberta de um negro ajustado às formas esculpidas por uma formosa génese. Pediu-me que avançasse e tomou-me, com jeito, o objecto. Pegou-lhe num afago e levou-o para a sua beira. Comecei a acalorar-me. Dava-lhe voltas para o alindar. Cobria-o com o empenho que podia. Passei a sufocar na pulsada impaciente que me rebentava no peito. Ela, diligente, revirava-me o objecto. Voltou atrás, para de novo começar. Importunava-me o zigezaguear e faltava-me o ar. Desacertava a dobra. Vincava, para voltar a desdobrar. Estava a ponto de me asfixiar. Voltou a segurar-lhe. Apoderou-se-lhe uma outra vez. Continuava a enrolar. E eu desfalecia, porque começava a ficar um cheiro que não se podia. Dez minutos volvidos, saí com um embrulho negro amarrotado e apertado com 20 voltas de fita vermelha, convicto que a volumetria peitoral não abona a ligeireza do aprumo. E não se pode com o calor, e fedor, nas perfumarias por estas alturas da quadra. Nota final: oferecem-se duas amostras de tratamento oligotermal ultra-hidratante, ou, por outras palavras, creme para metrossexuais
segunda-feira, dezembro 3
Doutrina do pastoreio
- Vassalo 1: Vide quem se aproxima
- Vassalo 2: Sim, sim, é o nosso acanhado líder
- Vassalo 3: Atentem no semblante que carrega
- Vassalo 4: Por Deus, brota-lhe da aparência a fúria desmesurada
- Vassalo 5: Inquieta-se por motivo que desconhecemos
- Vassalo 6: Questionemo-lo com a necessária cautela
(pezinhos de lã, pezinhos de lã, pezinhos de lã)
- Vassalos: Acanhado líder, o que vos atormenta?
(ruborescendo de indignação, responde o acanhado líder)
- Acanhado líder: Sois vós, lacaios, que abusais da extrema ironia nos diálogos que permutam no imaculado feudo
- Vassalos: Acanhado líder, é esse o motivo de tão notório agastamento?
(inflamando a jugular e quasi estoirando em incontida cólera, esclarece o acanhado líder)
- Acanhado líder: Sim!! Conspurcais, dessa forma, o espaço que oriento, comprometendo-me aos olhos do supremos orientador
- Vassalos: Acanhado líder, e existe forma de redenção que recupere o asseio no poiso que nos assalaria?
- Acanhado líder: Só conjecturo uma, a onomatopeia no lugar da ironia
- Todos: Méééééé, méééééé, méééééééé
- Todos: Méééééé, méééééé, méééééééé
sexta-feira, novembro 30
Rua dos becos
Chegou ao mercado norte-americano a compilação da série original da Rua Sésamo. Ao contrário do que seria natural deduzir, trata-se, nestes tempos modernos, de uma colectânea destinada exclusivamente a adultos e classificada, nesses termos, para maiores de 18 anos. Cenas como um samaritano a oferecer leite e bolachinhas a uma criança ou o Egas a esfregar o sabonete nas costas do Becas são, nos Estados Unidos, consideradas pornográficas e indutoras de má conduta. Por cá, não creio que existam motivos que nos levem a tão extremadas condicionantes. A não ser que o ICAM avalie como promíscuo a Alexandra Lencastre acariciar o Ferrão
quarta-feira, novembro 28
Paquê?
Há episódios que me conduzem ao conformismo da minha matéria brejeira. Posso mesmo ser rasteiro ao ponto de quase desfalecer de tanto gargalhar com coisa nenhuma. Nesta pública assunção, Paco Bandeira é, sem culpa formada, a origem da chalaça que me desfez em riso incontinente, que quase me carregava ao prematuro descanso eterno. Com a ressalva, para os mais sensíveis, da delicadeza dos termos, não resisto a partilhar a piada que me agonizou quase à asfixia. Perguntava-me o meu amigo refugiado belga se conhecia a origem do nome do Paco Bandeira. Deconhecia absolutamente! Ora a explicação para a toponímia deriva do parentesco do cantor. Como o pai se chamava João Ninha e a mãe Maria Naça, ficou Paco Bandeira!
segunda-feira, novembro 26
Bela da besta
Se entre 1960's e princípios de 70's a programação televisiva era preenchida com reportagens na Feira Popular, festivais da canção e discursos propagandistas, a década de 80 instrumentalizou o pequeno ecran para nos formar a personalidade e integrar numa comunidade a caminho da europeização. No Barco do Amor, transmitiam-nos conceitos de afecto e traçavam-nos o sinuoso trajecto entre os complexos preliminares e a boda. Já nos Três Dukes, as noções de irmandade e laços de sangue ficavam ligeiramente ofuscadas quando a nossa puberdade nos conduzia teimosamente a atenção aos mais justos calções de ganga da vila de Hazzard. Discretamente, estava ali, no rabo da Daisy Duke, o encorajamento para o enlace e a consequente procriação. Para apurar o espírito de grupo e a argúcia empreendedora, ofereciam-nos o Esquadrão A, agrupamento de mercenários justiceiros que expulsavam o mal a troco de uns dólares. Com o Macgyver pouco apreendemos de novo, já que sempre fomos um país de desenrascados. Em contrapartida, assimilámos juízos rectílinios com as curvas a 90 graus do bólide do Automan, ou os conceitos de perseverança com o indestrutível Raio Azul, o helicóptero do incorruptível comandante Farentino. Mas a doutrina televisiva não se esgotava nos juízos de acasalamento ou na destrinça entre o bem e o mal. A Balada de Hill Street era a melhor alegoria à confraternização do belo com o feio. De dia, o capitão Furillo, o feio, engavetava larápios para depois a Dra. Joyce, a bela, os desenclausurar, sob a cobertura jurídica da sexta emenda. De noite, partilhavam um cigarro sob o cobertor, depois da sexta
quinta-feira, novembro 22
Bácora
Sugava o indicador direito com a alarvice do costume. Apliquei-lhe a reprimenda adequada. Em tom firme, como se aconselha para o acerto da admoestação, voltei a bradar pedagogicamente: Cice, não comas macacos!! Em resposta, a pequena ajustou-me a interpretação e retorquiu de sua justiça: Nããããã... não é macacos, é isto! Ora isto era o cerume que acabara de desbastar do tímpano. Não se educa o paladar
quarta-feira, novembro 21
terça-feira, novembro 20
Postada!
- Fogas: Tenho aqui no telemóvel quatro chamadas tuas não atendidas. Passou-se alguma coisa?
- Maria: Passou!
- Fogas: Então?
- Maria: Fui contra um poste!
- Fogas: Foste?!?!? E estás bem?
- Maria: Eu? Estou!
- Fogas: Não partiste nada??
- Maria: Não, nada... estou bem!
- Fogas: Olha... e o carro?
- Maria: O carro? Qual carro?
- Fogas: O nosso carro! Ficou muito partidinho?
- Maria: EU fui contra um poste!! EU!! Alarmista, pá!
(o principio do fim de uma sanidade já de si debilitada)
- Maria: Passou!
- Fogas: Então?
- Maria: Fui contra um poste!
- Fogas: Foste?!?!? E estás bem?
- Maria: Eu? Estou!
- Fogas: Não partiste nada??
- Maria: Não, nada... estou bem!
- Fogas: Olha... e o carro?
- Maria: O carro? Qual carro?
- Fogas: O nosso carro! Ficou muito partidinho?
- Maria: EU fui contra um poste!! EU!! Alarmista, pá!
(o principio do fim de uma sanidade já de si debilitada)
segunda-feira, novembro 19
A Iga A.
A polémica instala-se pelo cantos mais recôndidos da comunidade blogueira. A responsabilidade do alvoroço é exclusiva de uma jovem polaca que o espaço virtual mais paradisíaco do Mundo decidiu projectar para a ribalta. De Iga A., assim mesmo, de apelido desbastado à primeira letra de família, pouco se sabe. Aliás, é esse caracter anónimo, associado a uma caixa toráxica 37 DD, números que vão um pouco além da volumetria de dois pacotes Nesquik, 50 cl cada, e a um semblante casto, que inspiram comentadores, opinadores e existencialistas a esgrimirem argumentos sobre a subjectividade da formosura. Tendo direito à palavra, acrescento: há debates inócuos que merecem ser estrondosamente derrotados pelos 167 cm (contornados por 64 de cintura e 91,5 de quadril) de indiscutível excelência. Tenho dito!
quinta-feira, novembro 15
CACAu amargo
A propósito desta postada num blog que muito prezo, lembrei-me de um episódio recente que ocorreu algures. Ora, sinteticamente, cá vai:
- Chef: Meninos, meninos, fiz aquele bolinho de chocolatinho molhadinho em calda e barradinho na ganache com que todos gostam de se alambazar. Quem quer, quem quer?
- Todos: Eu, eu, eu, eu!
- Chef: Vá, vá... já sabem que isto não dá para todos. Deve ser degostado por quem mais contribuiu para a sua manufactura. Ora vamos lá ver...
- Aprendiz1: Eu paguei a tablete de chocolate negro, mais os ovos e a farinha.
- Aprendiz2: Eu entrei com o leite e a margarina.
- Aprendiz3: Eu contribui com as natas e a calda.
- Aprendiz4: Eu dei o fermento e ainda tive de limpar a caca toda da cozinha!
- Chef: Hmmmm... e tu Fátinha?
- Fátinha: Eu... eu... eu trouxe um pratinho e um garfozinho
- Chef: Toma lá o bolo!
quarta-feira, novembro 14
Xiça, penico!
Além do seu cariz incondicional, perene e transcendente, o amor paternal pode distorcer-nos a sensibilidade. Neste âmbito complexo de sentimentos, determinados preconceitos reaprendem-se e dotam-se de pioneiras percepções do meio. A milha filha andava a sofrer com um surto agudo de obstipação. Por arrastamento, a crise instalou-se nas preocupações diárias de um penico teimosamente vazio. Perdeu-se a conta dos dias acumulados de infrutíferas investidas ao vasilhame até que um odor pestilento se sobrepôs ao aroma dos 40 ambientadores que a Maria espalhou lá por casa. Seguindo o rasto, conflui ao quarto de banho. Nunca um cenário de dois quilos de bosta despojados no bacio me pareceu tão reconfortante e desmesuradamente belo. Já me abalei com merda de terceiros, mas foi a primeira vez que me vieram as lágrimas aos olhos
segunda-feira, novembro 12
Loves aDora
In our scholarity we've met diferent cáinde (pás!!!) of teachers. Some we don't even remember their names. Others ár (catrapás!!) still fixed on our minds. In this particular case, in my face. I perfectly remember mái (pááás!!) english teacher, a goanese native and very rigorous in the english matters. I still own a huge gratitude tu (pás pás!) her, because my perfect excellence in this language is the result of her árde (catrapás!!) training. For each error in her dictations we were rewarded with a wild slap on our soft chiks (pás!). That make us swell of proud... and of a little pain also. That lovely story remembers me nowadays a boring girl named Dora. Thanks to her, my little child Cice already knows the exhausting counting of one-to-ten. My glory past defeated by modern skills
sexta-feira, novembro 9
Cashback
Cashback é uma original pelicula de autor que explora um dos conceitos que mais me animavam as fantasias nos tempos de miúdo (e de mais graúdo, vá lá). Em traços gerais, para não infectar esta postada com spoilers, o filme trata da história de um rapaz que é largado pela namorada. Em espiral depressiva, o jovem deixa de dormir. Para ocupar as permanentes insónias, emprega-se num supermercado e oferece-se para a menos concorrida escala de madrugada. Em agravado delirius progressivus, o jovem ganha afinidades com o domínio do tempo e especializa-se na tecla da pausa. Com os cenários estanques, desnuda as clientes femininas e apura a veia de retratista. Lembrei-me de quando imprimia frustradamente cadernos de figuras desnudadas para pintar compulsivamente o corpo nu, à falta de candidatas para o meu ensejo artístico e incapacidade do telecomando em pausar as púdicas
quarta-feira, novembro 7
Valsa Ross
Muito antes dos revolucionários anúncios ao creme de banho Fa Fresh, lembro-me de um outro reclamo televisivo, que também versava a temática da higiene diária, gerador das primeiras combustões hormonais da minha pessoa. A par do Feno, e da alva rapariga que desbastava searas ao peso das passadas de amor, existia um outro produto concorrente, que não me recorda o nome, que propagandeava um sabonete ao som do meu mais reprovador guilty pleasure. Esgotavam-se as sobras da década de 70 e, ao mesmo tempo, germinavam-me no íntimo os primeiros impulsos de afeição ao sexo oposto. Como oportunamente denunciei, os carinhos na Elizabeth elaboravam-se na fantasia pelo som de Diana Ross e desta magnífica balada de amor. O cenário de confetis pluri-cromaticos, cuspidos sobre verdejantes pradarias, sob um horizonte pejado de arco-íris, reflectidos em cristalinos lagos de nenúfares, onde repousam centenas de ligeiras borboletas, só é verdadeiramente belo ao som do Do You Know Where You Going To. Cantamos?
segunda-feira, novembro 5
Equação do amor
Os propalados rankings das escolas nacionais oferecem uma peculiar dedução. Os rapazes são melhores na matemática e as raparigas em português:
- Ela: Serginho, julgo que nos estaremos a precipitar para níveis que extravasam a tenra maturidade das nossas existências, sob o risco da futura incapacidade de suportarmos o resultado do nosso impulso irracional.
- Ele: Oh Paulinha, subtrai lá as truces e não queiras fraccionar-me a tesão
- Ela: Serginho, julgo que nos estaremos a precipitar para níveis que extravasam a tenra maturidade das nossas existências, sob o risco da futura incapacidade de suportarmos o resultado do nosso impulso irracional.
- Ele: Oh Paulinha, subtrai lá as truces e não queiras fraccionar-me a tesão
quarta-feira, outubro 31
Bondage TV
Um doente cardíaco acaba de ser transplantado. Máquinas de suporte de vida. Tubos. Soro. Uma médica que se afeiçoa ao paciente. Enamoram-se. Abraça-o todas as manhãs. Fazem juras de amor. Ainda acamado, e enrolado em tubos, o paciente propõe casamento à Dra. Izzie. Ela aceita. No dia prometido, coberta num cetim violeta, recebe a notícia do agravamento do estado de saúde do prometido. Volta ao hospital, entra no quarto do acamado e abraça-o já defunto. Segue-se o pranto que a desfaz em agonia de perda. Esta é a sequência que a nossa Fox recorre para promover a Anatomia de Grey, num spot rematado com um sádico Sinta-se Bem (caso contrário perde a oportunidade de enlaçar-se com uma diplomada toda gira, acrescento eu)
terça-feira, outubro 30
Casota
Engano-me nas portas. Não acerto com os interruptores. Não vislumbro onde andam as meninas. Quando indago pelo seu paradeiro, cruza-se-me a Cice a pedalar na bicla. Lá mais para diante, está a Maria a experimentar camisolas bolorentas, que se lhe encravam no pescoço. Casa nova, muito espaço e dores nas cruzes. Complexa conjugação de felicidade, à qual se juntam mais prateleiras, para arrumar a bonecada. Finalmente, deixámos o armazém
segunda-feira, outubro 29
Knojo
Com toda a certeza, o caro leitor já amassou um pedaço de muco entre o indicador e o polegar. Garantidamente, já moldou, ao longo da vida, um número de esferas, derivadas das secreções, suficientes para um carrinho de rolamentos. Faltará, o caro leitor, à verdade se negar que já aliviou as mucosas nasais com empenho diletante, desinfestando as narinas das impurezas urbanas. Esta e outras manifestações íntimas no trato dos despojos orgânicos podem ser agora escalpelizadas junto do Sá Betudo. Será esta personagem que me aclarará as dúvidas sobre o estupor que me assalta sempre que a Cice esventra a penca com o mindinho, para de imediato devorar sofregamente as impurezas nasais. Haja estômago
quinta-feira, outubro 25
Escolinha
- Estás a ver... o mister aposta num 4x3x3, que se desdobra num 4x4x2 sempre que um ala desce para as compensações...
- A águia? Onde está a águia?
- Ali aqueles dois, no círculo central, que estão a dar muitos pontapés nos outros meninos, têm uma missão mais defensiva... dois Petits, estás a ver?
- A águia, onde está?
- Acolá, no meio dos dois meninos mais grandes, está o ponta-de-lança
- Aquele de cor-de-rosa?
- Sim, esse!
- Eu gosto de cor-de-rosa... e a águia, onde está a águia?
(é uma miúda com gostos alternativos e já com o bichinho lá dentro)
- A águia? Onde está a águia?
- Ali aqueles dois, no círculo central, que estão a dar muitos pontapés nos outros meninos, têm uma missão mais defensiva... dois Petits, estás a ver?
- A águia, onde está?
- Acolá, no meio dos dois meninos mais grandes, está o ponta-de-lança
- Aquele de cor-de-rosa?
- Sim, esse!
- Eu gosto de cor-de-rosa... e a águia, onde está a águia?
(é uma miúda com gostos alternativos e já com o bichinho lá dentro)
quarta-feira, outubro 24
Manipulamor
- Assim é que era...
Um homem amado assaltou hoje a Clarinha de amores, porque gosta da rapariga, a amada, enquanto esta recolhia a montante pelas sendas do seu namorado, delirius interioris.
- Mas afinal...
Um homem armado assaltou hoje uma carrinha de valores na Costa de Caparica, Almada, enquanto esta recolhia os montantes das vendas de um supermercado, Jornal de Notícias.
Um homem amado assaltou hoje a Clarinha de amores, porque gosta da rapariga, a amada, enquanto esta recolhia a montante pelas sendas do seu namorado, delirius interioris.
- Mas afinal...
Um homem armado assaltou hoje uma carrinha de valores na Costa de Caparica, Almada, enquanto esta recolhia os montantes das vendas de um supermercado, Jornal de Notícias.
terça-feira, outubro 23
Pára, escuta e recolhe
Trriiimmmmm, triiimmmmm
- Sócrates...
- Sócrates?? Mas eu não liguei para as pizzas?
- Ah, sim, sim (cof, cof)... desculpe, estava a aproveitar para estudar... Plutão, Sócrates...
- Hmmm... e esses barulhos esquisitos?
- Barulhos?? É aqui o meu colega a aviar a massa
- Ah bom... olhe, é uma pizza aqui para a rua do politécnico, ao Rato
- Com grilhões?
- Perdão??
- Ai desculpe... agriões
- Sim... meta-lhe agriões
- E cicuta?
- Como disse???
- Fruta, queria dizer fruta
segunda-feira, outubro 22
Tratam-se bem
sexta-feira, outubro 19
quinta-feira, outubro 18
Linguas
Temos má lingua e a boa lingua. A minha mãe fazia boa lingua, estufada e com puré de batata. Quase desfalecia de ansiedades sempre que sabia que o prato lá de casa servia a gulodice. Infelizmente, não consumimos apenas boa lingua. Proliferam em todos os quadrantes as más linguas. As que desdenham do próximo, do superior hierárquico ou da senhora balconista dos serviços municipais. Temos ganas de falar mal. Preferimos passar fome, e saltar o estufado, a passar um dia inteiro a calar alívios de escárnio. A tertulia que, anos atrás, incendiava os lares com inflamada zombaria, juntou-se há dias para afagar a nostalgia. MEC-pança-de-whisky, Serrão-barriga-de-francesinha, Rita Marciana Bipolar e Rui Tarantino Zink debitaram engraçadices ao som estridente da risota de Julia Eucalípto. Que saudades da sanidade da vacaria e das linguas à discrição. A má lingua há em todo o lado. A boa, só na candonga
quarta-feira, outubro 17
As vergonhas
A recente campanha de uma colectividade feminina de andebolistas espanholas encorajou uma outra agremiação desportiva do vizinho ibérico a fórmula semelhante. A auferirem uma mensalidade que cobre o passe social e uma palete de leite meio gordo, as futebolistas do Torrejon desnudaram-se em protesto. Queixavam-se dos magros rendimentos, nada ajustados ao estatuto de líderes da liga espanhola de saias. Despiram os equipamentos, descalçaram as chuteiras e organizaram uma peladinha com testemunho fotográfico. Segundo as últimas notícias, quase nenhum mecenas se disponibilizou para patrocinar as craques. Apenas um interessado, que convidou as jogadoras para pousarem no calendário para o ano que se avizinha, mas vestidas!
terça-feira, outubro 16
segunda-feira, outubro 15
Oh, pois dei
Pai, querido pai. Sabes que nunca fui de esbanjar mesadas. Aliás, nunca fui de as receber. Tenho por isso, meu ente querido, o culto da poupança de numerário, pois, por consequência, nunca fui de o gastar. Atenta, por isso, papá aos méritos pessoais, instigados desde menino. Ando aqui a pensar, meu amado progenitor, num negócio de acepipes, que proporcionará, estou certo, avultados rendimentos à tua benevolente instituição capitalizadora de fundos dos próximos. Estive a fazer contas numa folha pautada de um caderno que conservo há uma dezena de anos e estimo que uns 20 milhões, números redondos, ajudariam para solavancar o investimento, assim só nos primeiros meses. Envio-te, paizinho, o número de conta com a absoluta convicção que, a breve trecho, me perdoarás... a ousada investida no mercado de trabalho
sexta-feira, outubro 12
Nobelizmente
Queria começar outro livro, mas agora vou estar demasiado ocupada a dar entrevistas a todos vós, Doris Lessing, depois de receber o cheque da academia sueca. Pois é Doris, também eu gostaria de acabar o meu, mas ando demasiado ocupado a laborar num antro de desequilibrados, a ludibriar a minha filha e a dizer-lhe que o computador continua avariado, a fazer pic-nics na sala e a aviar fatias de pizza com fedor a plástico. A despropósito, fazes-me lembrar a prendada tia Fanny, que atulhava os estomagozinhos do Julian, da Anne, do Dick, da Georgina e do Timy com suculentas pies, que me arrotavam o estômago de larica sempre que lia a tua amiga Enid. Vou já ali comer uma bucha
quinta-feira, outubro 11
quarta-feira, outubro 10
Em conveniências
Tenho uma amiga que investe presentemente em arquivamentos compulsivos de edições encarquilhadas e bolorentas de Teleculinárias, Modas & Bordados e Crónica Feminina. Nos pequenos intervalos dos acessos revivalistas, recupera lucidez e actualiza-se. Há dias, enviou-me a gravura em anexo e desafiou-me uma literatice. Em resultado da empenhada e exaustiva dissecação à mensagem, pouco me ocorre, a não ser pessoas que se roçam em conveniências sem risco de dores testiculares. Mas também são tão raras
terça-feira, outubro 9
Mata-neuras!
- Fogas: Estou com a neura das segundas-feiras
- Piriquita: Então, o que se passa?
- Fogas: Não me apetece fazer nestum... nem cerelac
- Piriquita: Bem que marchava agora uma cerelac
- Fogas: Quando era miudo mamava cerelac com torradas
- Piriquita: Com torradas??? Isso é mesmo à bucha... mas também não posso falar muito... eu fazia pizzas com cola cao
- Fogas: ... (emudecendo de espanto)
- Piriquita: E fazia uma cena bastante pior...
- Fogas: Conta, conta!!! (rejuvenescendo de curiosidade)
- Piriquita: Agarrava num pacote de bolachas maria, levantava o tampo de sanita, punha as bolachas de molho e comia-as
- Fogas: ... (contendo as náuseas)
- Piriquita: Um nojo...
- Fogas: Olha, eu comia cabeças de fósforos
- Piriquita: Fósforos??? Se te acendem o rastilho ainda és capaz de arder
- Fogas: Daí o fogacho!
(cada um com as suas origens)
segunda-feira, outubro 8
Desconsola
- Sim... diga
- Sra. Lara, pode transmitir-nos como se sente neste seu regresso à consola do Fogacho?
- Usada!!
(passo as noites a juntar medipacks para lhe sarar as feridas... desenrasco-lhe munições para estoirar com os t-rex, safo-lhe os mais bizarros artefactos para os caprichos pessoais... e é isto que recebo em troca... grande coirão!!)
quinta-feira, outubro 4
Hip hip, hurra(m)
Os votos
- Alberta: é uma união de facto, foi um namoro de 11 anos. Leva-se 11 anos a namorar, a mandar pérolas um ao outro e, agora, passou-se não propriamente ao casamento mas a uma espécie de união de facto política
...- Carlos: o senhor presidente (da Madeira) tem uma noiva antiga. O pior é que tenho de dar explicações quando chegar a casa
...
Vivam os noivos!!!
quarta-feira, outubro 3
terça-feira, outubro 2
Pandufada
Zappeando pelo Canal Memória, detive-me numa associação curiosa. Com todo o respeito pela figura de Vitorino Nemésio, o multiletrado docente encaminha-me, num primeiro raciocínio, para programas infantis como o B'daman (assim mesmo, com apóstrofo), Hot Weels ou Ninja Hattori. Neste encadeamento de conexões do intelecto, seguir-se-á a minha filha e, logo depois, as acidentais viagens de ascensor lá no emprego. Vamos por partes. Há mais de um quarto de século, paralizava patologicamente no programa que a antiga RTP2 recuperava ao princípio das tardes, logo depois das Misteriosas Cidades do Ouro. Fascinava-me o discurso espiral do ensaísta, sem que conseguisse assimilar, porém, os ensinamentos debitados pelo hipnótico comunicador. Nos dias de hoje, a minha filha petrifica-se com séries animadas e legendadas. Com um terço da minha idade na altura, a Cice detem-se no formato, ignorando o conteúdo. É por estas coisas que, nesta idade, mais amadurecido, desdramatizo o robusto par de seios e o piercing no lábio superior da nova estágiária. Sabe-se lá o que vai naquela cabeça...
segunda-feira, outubro 1
Tetra!
Não está à altura de um Santana Lopes, mas até essa lacuna promete ser rectificada com os rumores sobre a eventual promoção do antigo primeiro-ministro-indigitado à liderança da bancada paralamentar laranja. Auguro uma dupla de sucesso na desoposição ao governo socialista e muita inspiração a parangonas risíveis nas capas de jornais ou a colunas opinativas sobre o estado calamitoso do movimento partidário. Bem haja Menezes pelo sprint vitorioso na corrida de sexta-feira. Desde a queda do executivo santanista que a política portuguesa bocejava descontroladamente. Tudo muito à séria. Tudo muito by the book. Finalmente, alguém bem disposto e contraditório para animar o status socrático e validar mais quatro anos de poder rosado... directamente do púlpito e sem listas telefónicas
sexta-feira, setembro 28
quarta-feira, setembro 26
Dupla maravilha
Eu, inquirindo logo de manhãzinha junto da Maria:
- Então, gostaste do concerto?
- Adorei
- O quê??
- Foi lindo
- Eh pá, não se ouve nadinha
- Fiquei a-fó-ni-ca!!
- Foi do frio?
- Do frio, da gritaria e do fumo
- Algum incêndio?
- Não, plantações de charros
- É por isso que estás assim enviozada?
- Não... estou rebentada das costas
- E a tua irmã, gostou?
- Acordou com a mão toda negra
- Então? Engalfinhou-se com alguém?
- Não... foi das palmas
(conceito de lazer entrevadinho)
Dinheiro fresco
Tive conhecimento de uma iniciativa recente da agremiação do Alda Prestigio, uma honrada equipa de andebol feminino que atravessa uma crise financeira sem precedentes. Num acto de desespero, e temendo pelo prato de sopa ao final do dia, as atletas espanholas desnudaram-se em pleno balneário e venderam o exclusivo à revista Interviu. Da minha parte, deixo aqui o meu gracioso contributo para alertar as autoridades competentes. Apelo que assobiem para o lado e permitam que a crise se multiplique descontroladamente por toda a actividade desportiva feminina, em particular o voleibol de praia e o pólo aquático
terça-feira, setembro 25
Caudas das rainhas
Enquanto por cá vamos esgotando a paciência com estudos de popularidade a ministros e líderes partidários, os britânicos promovem iniciativas mais focalizadas e ligeiras. Apostadores compulsivos, os súbditos de Isabel II escolhem anualmente a portadora do melhor traseiro. Em 2006, o galardão foi afixado nas nádegas de Javine Hylton (à vossa esquerda), uma british popstar caída em desgraça, assim do género da nossa Floribela. Em 2007, a reputada inquirição proporcionou a maior surpresa de 31 anos de história. A comunidade de votantes elegeu os glúteos de uma meteorologista a caminho do meio século de existência. Sian Lloyd (à vossa direita), acostumada a afixar por todo o território britânico cartões de velcro com nuvens cinzentas, foi a colorida campeã do presente ano, para espanto de um esmagador rol de candidatas com metade da idade. E já que o tema serve de pretexto, podemos testemunhar, ao centro da imagem, Lucy Clarkson, uma das modelos que ofereceu o corpo para pixelar a heroína dos video-jogos Lara Croft, a recorrer ao porte nadegueiro para endereçar uma mensagem encupritada a Jodie Jordan, provavelmente uma desafiante no cupetitivo cucurso
segunda-feira, setembro 24
Dá deus nozes...
A leitura deste fim-de-semana ofereceu-me uma entrevista de fundo do Expresso a Teresa Caeiro. A antiga partner do Executivo santanista mostra-se em poses despudoradas de geisha e investida a desmistificar os preconceitos machistas sobre a sua pessoa. Queixa-se de discriminação por pertencer ao género feminino (absolutamente incompreensível), exercer advocacia (também não se aceita), gostar da actividade política (agora já está a pedi-las) e ser de direita (cada um com a sua cruz). Convive bem com os piropos (gira, gira!) mas revolta-se com as estampas redutoras à sua existência. Teté esclarece que não é coquete, mas queque, embora conheça, e passo a citar "todos os camionistas das estações de serviço de Leiria a Lisboa" (valente!!). Mais a sério, e em absoluto exclusivo, lamenta, num pranto de soluços, que lhe chamem adereço de Paulo Portas (minha amiga, tenho a convicção que, caso servisse de bibelot ao político youtube, estaria arrumadinha numa prateleira a apanhar poeira de ganhar sarna)
sexta-feira, setembro 21
Trans-torno
Há um par de dias, um amigo desabafava-me, desconsolado, que estava inclinado a romper com o, ainda verde, relacionamento. Apreciava os mimos, a bagagem intelectual e as formas da rapariga. O problema foi o desconforto que se lhe acometeu quando a jovem confessou a atracção pelo seu (dele) lado feminino. Sentia-se desconfortável e não podia conviver com a ideia que a namorada se tentava pela sua alegada faceta cor-de-rosinha. Sorri descomprometidamente e confortei-o com duas palmadas no ombro. Fixei um ponto no horizonte, apontei ao infinito, como se do passado se tratasse, e recordei-lhe que, apesar de ter frequentado um colégio de nome Carochinha, um externato Rouxinol e de me lambuzar com couvezinhas de Bruxelas, nunca se me abalou a estrutura da masculinidade
quinta-feira, setembro 20
Chicken!!
- Ora bom dia Fogacho! Vem buscar o DVD do fim-de-semana?
- Sim... sim, o DVD...
- Vai ser mais alguma coisa?
- Uh!... É... vai ser sim... vou levar a Bola
- Pronto... são oito...
- Espere... espere...
- Sim?
- Ainda vou levar... vou levar... aquelas canetas de feltro
- Mais alguma coisa?
- É... é mais... é mais...
- ...
- É mais... aquele estojo da Kitty
- E...?
- E pode ser... pode ser... a mochila... a mochila da Kitty
- É tudo?
- Arranje-me... arranje-me...
- ...
- Aquelas réguas... arranje-me aquelas réguas
- Mas a menina vai já para a primária?
- Nããã... só daqui a três anos... mas fica já despachada com o material
...
(Epá, não consigo... não tenho coragem! A dona da papelaria conhece a minha Maria, a irmã dela, o marido da irmã dela e o Noriega)
- Sim... sim, o DVD...
- Vai ser mais alguma coisa?
- Uh!... É... vai ser sim... vou levar a Bola
- Pronto... são oito...
- Espere... espere...
- Sim?
- Ainda vou levar... vou levar... aquelas canetas de feltro
- Mais alguma coisa?
- É... é mais... é mais...
- ...
- É mais... aquele estojo da Kitty
- E...?
- E pode ser... pode ser... a mochila... a mochila da Kitty
- É tudo?
- Arranje-me... arranje-me...
- ...
- Aquelas réguas... arranje-me aquelas réguas
- Mas a menina vai já para a primária?
- Nããã... só daqui a três anos... mas fica já despachada com o material
...
(Epá, não consigo... não tenho coragem! A dona da papelaria conhece a minha Maria, a irmã dela, o marido da irmã dela e o Noriega)
quarta-feira, setembro 19
Betão tramados
O novo código do processo penal tem originado celeuma entre os magistrados, mas o debate público está a nebular-se com insignificantes lacunas técnicas. Aceito o queixume dos juristas por terem sido desconsiderados pelos políticos. É certo que os filantropos deputados abusaram da benevolência ao esvaziarem as preventivas. Está bem que um punhado insignificante de violadores e assaltantes voltou a cirandar junto a transeuntes comuns. Mas que me lembre, só a publicação de referência 24 Horas teve o mérito de denunciar uma particularidade que revolucionará a construção civil. Ora se piropos no espaço público passam a ser punidos com cadeia, quem é que se encarregará de erigir novas infra-estruturas com todos os operários no chilindró?
terça-feira, setembro 18
segunda-feira, setembro 17
Extreme makeover
A minha Maria aprecia os Ala dos Namorados. Eu respeito, mas faz-me espécie o Nuno Guerreiro. Reconheço que é errado elaborarmos este tipo de juízos, mas é mais forte que eu. Nunca me pareceu bem. Provoca-me mesmo alguma repulsa. Não consigo, por exemplo, estar a confraternizar com uma pessoa destas e abstrair-me. Aquilo está sempre a corroer-me a compostura. Dá-me agonias. Acho que as pessoas com essas características peculiares deviam resguardar-se. Ou então sujeitarem-se a uma circurgia correctiva. Agora ter aquela avenida entre os incisivos centrais?? Aquilo é uma catapulta de perdigotos
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