domingo, setembro 3
Consumir antes de se finar
Está desvendado o mistério. Amar para sempre é conceito ficcionado pela indústria cinematográfica. Com uma crueza arrepiante, a minha colega Marta Stewart explicou, na Revolta dos Pastéis de Nata, que o amor tem prazo de validade. Acabou-se a legitimidade das senhoras nas lamechas denúncias sobre justificadas escapadelas dos parceiros. Não é adultério, é instinto de sobrevivência. Sabe-se agora, pela voz da mais gira sexóloga portuguesa, que o amor é sentimento que se esgota. Numa pragmática leitura sobre as relações, Marta aniquilou as metáforas e fixou o mediatizado sentimento num prazo de 18 a 20 meses. Ou seja, em média, ama-se o suficiente para procriar. A paixão inflama-nos os apetites e o amor trata de humanizar os impulsos. Mais, só nas divagações utópicas dos romancistas. Nem Desmond Morris conseguiu ser tão barbaramente selvático no seu Macaco Nú. O veredicto da especialista confirmou que somos todos coelhos àvidos pela salvaguarda da espécie. Estamos confinados à condição de reprodutores. O amor é reciclável
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2 comentários:
e repito, és um descrente ;o)
Hummm, colega é?
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