quinta-feira, setembro 14

Método de descarte

O senhor Edward Murphy era um incompetente assalariado da Força Aérea dos Estados Unidos. Certo dia, o engenheiro de serviço meteu baixa de paternidade e delegaram no pouco inteligente funcionário a tarefa de dirigir uma experiência revolucionária. O Departamento de Defesa dos States queria testar a resistência humana à velocidade de ponta. Reuniu um grupo de cobaias e requisitou o Murphy para colocar as ventosas nos pobres diabos. O problema é que o senhor era tão desajeitado que se enganou na distribuição dos 16 sensores. O teste ficou naturalmente inquinado e os volutários sofreram múltiplas fracturas expostas. Murphy sacudiu o capote e imputou no tarefeiro as responsabilidades da tragédia. No relatório do incidente, explicou descaradamente: se há duas ou mais formas de fazer alguma coisa e uma das formas resultar em catástrofe, então alguém a fará. Correram com o pobre contínuo e elevaram Edward Murphy à categoria de sábio legislador. O homem que justificou o azar como consequência da inabilidade de outrém. A desresponsabilização virou quase ciência do infortúnio e inspirou a justiça portuguesa

1 comentário:

Woman disse...

Bemmmmmm, confesso que antes de acabar de ler, o que me apetecia dizer era. O nosso Portugalzinho está aí descrito.
Pelos vistos também tu sentiste...

Beijo