domingo, novembro 19

A graça do Luís

Ontem estive com o Luís. Não é amigo do peito, mas conhecemo-nos há mais de dez anos. Tenho por ele alguma estima. Acho mesmo que faz jus ao apelido. Tem piada o Graça. Uma forma peculiar de existir. Por isso, muitos diagnosticam-lhe precipitadamente desequilíbrios comportamentais. Muito pelo contrário. Posso testemunhar que o Luís é uma enciclopédia ambulante, com apuradíssimo sentido de humor. Também é escritor. Comprei-lhe há dois anos, no Festival da BD, O Homem que Casou com uma Estrela Porno e outras histórias e o Neura 2004. Pouco depois, borrei-me todo de tanto rir quando o vi declamar poesia erótica no Cabaret da Coxa. Comprei, pois está claro, o De Boas Erecções Está o Inferno Cheio. Este sábado, estivemos juntos no Estádio da Luz. O Luís é campeoníssimo de ping-pong, mas também um estudioso do voleibol. Ontem, adivinhava praticamente todos os pontos e ainda tinha tempo para injuriar o speaker das "palminhas encarnadas". Quando toda a gente saudava mais um ponto do Glorioso, o Luís preferia incentivar as correrias das meninas da estatística, enquanto controlava, de soslaio, as movimentações das adeptas mais voluptuosas. Graça(s) ao Luís, aprendi que um jogo de voleibol masculino pode proporcionar extras de líbido

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