Sou pessoa de vogais abertas e, por consequência, alvo de discriminação. As vogais são as coqueluches do alfabeto e têm todo o direito de brilhar. São poucochinas e de porte frágil. Merecem ser cuidadas, acarinhadas, protegidas da tirania das consoantes, que tendem a aglutinar violentamente as pequenas. Por isso, devemos granjea-las com as exposição mediática devida. Revolta-me que as abafem entre émes, éles ou ésses, os mais torcidos da populaça consoante. Se, por exemplo, verbalizo olha ali uma suruba de dezóito pessoas amontoadas no sófá de bombázine é porque não quero emudecer as pequerruchas, já de si violentadas pelo estigma da minoria. Se me corrigem, tendo a aplicar uma certeira canelada no perfeccionista. Não sou violento, mas um instintivo paternal. Zombem das minhas meninas que apanham duas galhetas
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4 comentários:
Este é quase em resposta ao meu, não?
(humm, daí a perfeccionista?)
;)
e o pititau?!?!
Ok, eu aguento tudo, não discuto tão pouco. Mas a do "sófá" é mesmo necessário?
estava sentada num sófá a ler o k escreveu e... dezóito valores.
salvem-se as vogais abertas!
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