segunda-feira, agosto 14
Marias
A Maria é uma extremosa empregada de limpeza, de origem cabo-verdiana. É responsável por muitos impropérios madrugadores da minha parte. Limpa higienicamente todos os cantinhos, mas depois esquece-se de ligar os cabos de volta. Em certas ocasiões, eu já a rebentar de fúria, só ao cabo de uma meia hora consigo repôr a normalidade e arrancar com o computador. Mas a Maria nem sempre esteve no horário de madrugada. Há uns anos atrás, pertencia à equipa do final da tarde, que também não reunia grandes afectos. Imaginem-se atolados de papéis, em plena velocidade de cruzeiro laboral, e uma chata ao lado a juntar folhas e a abanar o espanador. Mas enfim, adiante. Hoje reencontrámos a Maria no hall de entrada do edifício. A minha Maria abordou-a e perguntou-lhe pelo filho. Uma criança que a Maria empregada-de-limpeza exibia orgulhosamente pouco depois do parto. Seis anos?! Já tem seis anos?! O tempo passa tão depressa! Exclamou a minha Maria, que pouco depois estava nos mesmos desabafos com um outro colega de trabalho. O qual ripostou: Filho?? Mas qual filho?? Ela tem é uma filha! Conclusão: a minha Maria é uma sectária fascista e ainda não sabia
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
óh pázinho...não era preciso rematar com esse comentário!
Estou solidária, com tanta Maria não podia ser de outra maneira...
exactamente por sermos todos iguais... há quem não consiga descortinar as diferenças
Enviar um comentário